MEDIÇÃO DE TERRA

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segunda-feira, 25 de fevereiro de 2019

Informação ao secretário da Previdência: salários não levam ninguém à riqueza


Charge do Duke (Charge Online)
Pedro do Coutto
Em uma entrevista a Geralda Doca e Marta Beck, O Globo, edição de ontem, o Secretário da Previdência e Trabalho Rogério Marinho afirmou que a base do projeto de reforma previdenciária é fazer com que os mais ricos paguem mais e os mais pobres paguem menos ao longo do tempo para obterem aposentadoria. Tenho a impressão que Rogério Marinho cometeu um equívoco. Não há assalariados ricos se eles viverem apenas pela remuneração de seu trabalho.
Ricos podem ser os empresários, principalmente aqueles que se encontram em débito para com o INSS. Tanto assim que Marinho revela que o governo vai enviar projeto ao Congresso para cobrar os grandes devedores da Previdência Social.
SUPERDÍVIDAS – Grandes devedores são os que acumularam débitos superiores a 15 milhões de reais. Portanto a omissão de quem tem maior base econômica representa o principal fator que conduziu através do tempo ao déficit previdenciário financeiro.
Seria interessante que o Secretário pudesse apontar pelo menos seis exemplos dos que ficaram ricos com a produção de seu trabalho. Claro que há médicos que atingem renda muito alta através de seu desempenho profissional. Existe também o caso de advogados que se tornaram famosos nas últimas décadas. Principalmente aqueles que advogam defendendo sonegadores e também pessoas envolvidas nas sombras da corrupção. Os corruptos não podem ser assalariados somente, está claro. Tão claro está que basta percorrer as listas de presos em decorrência da Operação Lava Jato.
PESO DOS DELATORES – Por falar em Lava Jato, podemos destacar o peso dos delatores no processo praticado nas últimas décadas.  Vamos encontrar empresários e executivos de grandes empresas, mas não vamos encontrar um simples assalariado que passou para o lado da riqueza através do recebimento mensal de seus vencimentos.
Assim, chegamos à conclusão de que entre as 100 milhões de pessoas que representam a força de trabalho efetiva do Brasil os ricos não chegam a escala de 1%. Estamos em um país em que a maior parte da renda nacional está nas mãos da menor parte do trabalho honesto e produtivo.
O secretário Rogério Marinho, como é natural, ocupa uma faixa altamente importante do trabalho governamental. E nem por isso pode-se dizer que ele seja um homem rico. Se os mais destacados e competentes servidores públicos não devem se incluir no voo da riqueza não serão os funcionários comuns que poderão alcançar essa meta ilusória.

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