Os Estados Unidos deram um passo adiante neste sábado (12) em suas
críticas ao presidente venezuelano, Nicolás Maduro, pedindo a formação
de um novo governo. “O povo da Venezuela merece viver livremente em uma
sociedade democrática governada por um Estado de direito”, disse em um
comunicado um porta-voz da diplomacia americana, Robert Palladino. “É
hora de iniciar uma transição ordenada para um novo governo”,
acrescentou. “Apoiamos a convocação da Assembleia Nacional (Parlamento)
para que todos os venezuelanos trabalhem juntos, pacificamente, na
restauração de um governo constitucional e na construção de um futuro
melhor.” Maduro, reeleito em 20 de maio nas eleições em que a oposição
não participou, iniciou na quinta-feira um segundo mandato de seis anos,
cuja legitimidade não é reconhecida por grande parte da comunidade
internacional ou pela Assembleia Nacional. Esta última, a única
instituição controlada pela oposição na Venezuela, convocou na
sexta-feira uma mobilização em 23 de janeiro em favor de um “governo de
transição”. O chefe da diplomacia americana, Mike Pompeo, disse durante
sua visita à Abu Dhabi que os eventos na Venezuela eram “incrivelmente
importantes”. “O regime de Maduro é ilegitimo”, disse ele a repórteres
que o acompanham em sua visita ao Oriente Médio. “Os Estados Unidos
continuam fazendo o que vem fazendo há dois anos: trabalhar com afinco
para restaurar a verdadeira democracia naquele país”. Na última
quinta-feira, o conselheiro de segurança nacional da Casa Branca, John
Bolton, assegurou que os Estados Unidos não reconheceriam a legitimidade
de Maduro. “Continuaremos a aumentar a pressão sobre esse regime
corrupto, apoiando a Assembléia Nacional democrática e pedindo liberdade
e democracia na Venezuela”, ele twittou. Os Estados Unidos consideram o
Parlamento como ” o único órgão legítimo de poder, devidamente eleito
pelo povo venezuelano”, afirmou Bolton. Durante uma sessão
extraordinária sobre a situação na Venezuela, a Organização dos Estados
Americanos declarou o governo de Maduro “ilegítimo” e convocou novas
eleições presidenciais “com todas as garantias necessárias para um
processo livre, justo, transparente e legítimo”. (IstoÉ)
Nenhum comentário:
Postar um comentário