O ex-ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, defendeu a reforma
da Previdência e o combate à regressividade dos gastos e dos tributos,
que beneficiam os mais ricos em detrimento da maioria da população. Na
cerimônia de transmissão de cargo para o novo ministro da Economia,
Paulo Guedes, ele citou os principais desafios que a nova equipe
econômica enfrentará. Segundo Guardia, a equipe econômica terá de se
debruçar sobre a simplificação do sistema tributário e o avanço da
abertura comercial para aumentar a produtividade da economia brasileira.
Ele, no entanto, recomendou o diálogo harmonioso entre os Três Poderes
(Executivo, Legislativo e Judiciário) para permitir a aprovação da
reforma da Previdência, com o objetivo de reduzir a regressividade de
aposentadorias e pensões que beneficiam categorias mais ricas e com
maior poder de barganha e prejudica a maioria. “Temos que reduzir a
regressividade do gasto e do sistema tributário, onde o gasto é
regressivo e o sistema tributário penaliza os menos favorecidos em
função do peso da tributação indireta”, disse Guardia. O ex-ministro
destacou realizações da equipe econômica anterior, como a reforma
trabalhista, a reforma no ensino médio, a criação da Taxa de Longo Prazo
(taxa que corrige os financiamentos do Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES) e uma série de medidas de
desburocratização, como a duplicata eletrônica e a regulamentação do
cadastro positivo (relação de bons pagadores).
Agência Brasil
Nenhum comentário:
Postar um comentário