A defesa do bombeiro que furtou um veículo da corporação em Ceilândia,
no Distrito Federal, e fugiu em alta velocidade em direção ao Congresso
Nacional afirma que o segundo-sargento Fabrício Marcos de Araújo, de 44
anos, teve um episódio de "confusão mental". O caso aconteceu no último
domingo (3). As informações são do site Metrópoles.
O defensor do militar alega que ele não se lembra do que fez. “Neste
momento, Fabrício encontra-se perplexo com a situação e surpreso com o
ocorrido. Ressaltou não se recordar dos fatos, mas que jamais teria o
intuito de causar danos ao Congresso, ao bem público ou mesmo às pessoas
envolvidas”, diz trecho da nota escrita pelo advogado Rodrigo Veiga de
Oliveira.
“Não se conhece o gatilho que despertou o ocorrido, mas é sabido ser
resultante de um excepcional estresse mental. Não existem motivos para
uma pessoa aparentemente sadia tomar atitudes como as de Fabrício. O que
aconteceu com ele decorre de um profundo sofrimento mental apto a
retirar a própria sanidade do indivíduo”, afirma a defesa de Fabrício. A
nota cita, também, preocupação que a repercussão do caso poderia causar
nos filhos pequenos do militar.
O bombeiro está preso preventivamente no 19º Batalhão da Polícia
Militar, no Complexo Penitenciário da Papuda. A defesa tenta pedir
revogação da decisão da Auditoria Militar do Distrito Federal. alegando
que não existem motivos para a continuidade da detenção. Caso seja
liberado, o Fabrício deve ser internado para tratamento psiquiátrico.
Fabrício deve responder por quatro crimes previstos no Código Penal
Militar: furto qualificado, desobediência, danos ao material da
administração militar e tentativa de dano. As penas somadas chegam a 20
anos de prisão. O boletim de ocorrência do caso cita que o suspeito
tinha "intenção de explodir viatura no Congresso". A perícia encontrou
duas latas de cerveja no veículo.
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