Pedro do Coutto
Não deu certo a estratégia da oposição. Ao contrário da posição assumida quando da primeira denúncia, desta vez os oposicionistas decidiram não dar número para votação da segunda investida destinada a permitir que o Supremo Tribunal Federal pudesse julgar o presidente Michel Temer e os ministros Eliseu Padilha e Moreira Franco, acusados pela Procuradoria Geral da República de formação de quadrilha e corrupção. Nesse posicionamento a oposição contava com o apoio de uma dissidência na bancada governista, mas a iniciativa da oposição não prosperou e a votação ocorreu em meio à notícia de que o presidente da República tinha sido hospitalizado em situação de emergência.
Era necessário haver 342 parlamentares em plenário para que a votação fosse efetuada, por coincidência o mesmo número exigido para aceitação da denúncia, com o presidente sendo afastado pelo prazo constitucional de até 180 dias. Foi atingido o quorum, mas o presidente se safou, mais uma vez, preservando também os ministros Padilha e Eliseu.
BASE ALIADA – Sobre a votação em si, é preciso destacar que a base aliada do governo está mantida, porque foi mínima a redução do número de deputados que apoiam incondicionalmente o atual governo.
Na votação da primeira denúncia, dia 3 de agosto, votaram 492 deputados dos 513 deputados: 263 a favor do relatório, 227 contra e duas abstenções. Houve 19 ausências. De acordo com a secretaria, um deputado – Adail Carneiro (PP-CE) – estava licenciado para tratamento de saúde e não houve convocação de suplente. e com base no regimento da Câmara, o presidente Rodrigo Maia (DEM-RJ) não votou.
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Não deu certo a estratégia da oposição. Ao contrário da posição assumida quando da primeira denúncia, desta vez os oposicionistas decidiram não dar número para votação da segunda investida destinada a permitir que o Supremo Tribunal Federal pudesse julgar o presidente Michel Temer e os ministros Eliseu Padilha e Moreira Franco, acusados pela Procuradoria Geral da República de formação de quadrilha e corrupção. Nesse posicionamento a oposição contava com o apoio de uma dissidência na bancada governista, mas a iniciativa da oposição não prosperou e a votação ocorreu em meio à notícia de que o presidente da República tinha sido hospitalizado em situação de emergência.
Era necessário haver 342 parlamentares em plenário para que a votação fosse efetuada, por coincidência o mesmo número exigido para aceitação da denúncia, com o presidente sendo afastado pelo prazo constitucional de até 180 dias. Foi atingido o quorum, mas o presidente se safou, mais uma vez, preservando também os ministros Padilha e Eliseu.
BASE ALIADA – Sobre a votação em si, é preciso destacar que a base aliada do governo está mantida, porque foi mínima a redução do número de deputados que apoiam incondicionalmente o atual governo.
Na votação da primeira denúncia, dia 3 de agosto, votaram 492 deputados dos 513 deputados: 263 a favor do relatório, 227 contra e duas abstenções. Houve 19 ausências. De acordo com a secretaria, um deputado – Adail Carneiro (PP-CE) – estava licenciado para tratamento de saúde e não houve convocação de suplente. e com base no regimento da Câmara, o presidente Rodrigo Maia (DEM-RJ) não votou.
Na
segunda votação, na noite desta quarta-feira, após 12 horas e 20
minutos de sessão, a Câmara dos Deputados rejeitou por 251 votos a 233
(com duas abstenções e 25 ausentes). O resultado mostra que nada mudou e
a base aliada de Temer continua praticamente a mesma, pois a oposição
obteve apenas cinco votos a mais, em relação à primeira denúncia, em
agosto.
CASO MÉDICO
– Vencida a etapa parlamentar, se o afastamento de Michel Temer for
estabelecido em função de seu estado de saúde, eis uma hipótese que leva
à sombra da dúvida. Caso se trate de episódio passageiro, e sua
hospitalização tornar-se apenas necessária por breve período, o problema
será facilmente superado.
Mas
o Planalto está conduzindo o caso médico sob o máximo de sigilo, chama a
doença de “mal estar”, ninguém sabe na verdade o que está acontecendo.
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