MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

domingo, 29 de outubro de 2017

Fica, Temer.


Para J. R. Guzzo, a peça contra Temer se baseia "numa denúncia espetacularmente inepta, um mero panfleto sem provas, sem pé e sem cabeça, escrito em linguagem de semi analfabeto". Está certo também ao dizer: "todo este processo é uma farsa grosseira, fruto direto de uma série de chiliques de um ex-Procurador Geral da República que de repente se fixou na ideia de derrubar Temer. Por motivos que até hoje não ficaram claros, o PGR armou uma das denúncias mais estúpidas de toda a história do Ministério Publico brasileiro. Sua “testemunha estrela”, um empresário delator acusado de mais de 200 crimes, ao qual prometeu inexplicável perdão perpétuo, está na cadeia. Um dos procuradores sob seu comando recebia propina mensal da mesma testemunha. Um outro, seu braço direito, amanheceu um belo na folha de pagamento do escritório que advoga em favor do delator":

Esse Michel Temer é mesmo danado. Quando menos se espera que o homem consiga sobreviver no cargo, segundo o que dizem dia e noite os analistas políticos, é aí mesmo que ele fica mais atarraxado na cadeira de presidente da República. A oposição e os que neste preciso momento acham mais lucrativo gritar “Fora Temer” já tentaram derrubar Temer uma vez, com a votação pelo plenário da Câmara de um pedido de licença para que fosse processado no STF. Tiveram uma votação ridícula. Acabam, agora, de tentar pela segunda vez. De novo, ficaram mais de 100 votos abaixo do que precisavam. É um duplo espetáculo de perda abusiva de tempo e de enganação em massa do público. Sabem perfeitamente que nada do que estão fazendo vai resultar em alguma coisa prática. Mas fingem que são os líderes de mais uma epopeia nas “lutas populares” – e dizem que seu objetivo real era fazer o governo “sangrar”, sem explicar que diabo o público teria a se beneficiar com isso. Não ganham porque não têm os votos necessários, não têm o apoio nem de meia dúzia de cidadãos de carne e osso dispostos a protestar na rua e não têm, por fim, a razão – pois seu objetivo não é obter justiça e sim derrubar um inimigo político.

A Michel Temer, mais uma vez, resta a sensação triunfante de saber que atiraram nele à queima roupa – e erraram o alvo. Naturalmente, como sempre acontece quando o presidente ganha ou não perde alguma coisa, foi dito que ele sofreu uma grave derrota – ficou com doze votos a menos do que teve na votação da primeira denúncia, num total de 513. Mas quem pode levar a sério um argumento desses? É tão inútil quanto a tentativa de esconder um fato básico: o de que todo este processo é uma farsa grosseira, fruto direto de uma série de chiliques de um ex-Procurador Geral da República que de repente se fixou na ideia de derrubar Temer. Por motivos que até hoje não ficaram claros, o PGR armou uma das denúncias mais estúpidas de toda a história do Ministério Publico brasileiro. Sua “testemunha estrela”, um empresário delator acusado de mais de 200 crimes, ao qual prometeu inexplicável perdão perpétuo, está na cadeia. Um dos procuradores sob seu comando recebia propina mensal da mesma testemunha. Um outro, seu braço direito, amanheceu um belo na folha de pagamento do escritório que advoga em favor do delator. Se não fossem procuradores públicos estariam com sérios problemas penais; aqui não vão para cadeia nem se matarem a mãe a machadadas. O máximo que lhes poderia acontecer é serem “afastados” dos cargos que exercem, mantendo salário integral e aposentadoria plena.

Mas não é só por isso – por se basear numa denúncia espetacularmente inepta, um mero panfleto sem provas, sem pé e sem cabeça, escrito em linguagem de semi analfabeto – que essa história de derrubar Temer não dá nunca em nada. A razão central talvez esteja no fato de que Temer e o ex-presidente Lula são a mesma coisa. Trocar um pelo outro, ou pela turma do outro? É o tipo do negócio ruim, levando-se em conta que jamais se roubará tanto no Brasil como se roubou nos governos de Lula e sua sucessora, e jamais se governará tão mal. Fora isso, qual a diferença entre Lula e Temer? Lula, na verdade, é pior, pois foi ele, e ele sozinho, que inventou a situação que está aí. O fato é que não existiria Temer nenhum se Lula não tivesse imposto seu nome para vice-presidente na chapa de Dilma Rousseff, momento em que foi considerado, mais uma vez, um gênio político pela mídia e por todos os que hoje se horrorizam com o presidente que ele nos enfiou goela abaixo. Quem deveria ter feito o verdadeiro “Fora Temer”, muitos anos atrás, eram Lula e o PT. Agora é tarde. 
BLOG ORLANDO TAMBOSI

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