Para J. R. Guzzo,
a peça contra Temer se baseia "numa denúncia espetacularmente inepta,
um mero panfleto sem provas, sem pé e sem cabeça, escrito em linguagem
de semi analfabeto". Está certo também ao dizer: "todo
este processo é uma farsa grosseira, fruto direto de uma série de
chiliques de um ex-Procurador Geral da República que de repente se fixou
na ideia de derrubar Temer. Por motivos que até hoje não ficaram
claros, o PGR armou uma das denúncias mais estúpidas de toda a história
do Ministério Publico brasileiro. Sua “testemunha estrela”, um
empresário delator acusado de mais de 200 crimes, ao qual prometeu
inexplicável perdão perpétuo, está na cadeia. Um dos procuradores sob
seu comando recebia propina mensal da mesma testemunha. Um outro, seu
braço direito, amanheceu um belo na folha de pagamento do escritório que
advoga em favor do delator":
Esse
Michel Temer é mesmo danado. Quando menos se espera que o homem consiga
sobreviver no cargo, segundo o que dizem dia e noite os analistas
políticos, é aí mesmo que ele fica mais atarraxado na cadeira de
presidente da República. A oposição e os que neste preciso momento acham
mais lucrativo gritar “Fora Temer” já tentaram derrubar Temer uma vez,
com a votação pelo plenário da Câmara de um pedido de licença para que
fosse processado no STF. Tiveram uma votação ridícula. Acabam, agora, de
tentar pela segunda vez. De novo, ficaram mais de 100 votos abaixo do
que precisavam. É um duplo espetáculo de perda abusiva de tempo e de
enganação em massa do público. Sabem perfeitamente que nada do que estão
fazendo vai resultar em alguma coisa prática. Mas fingem que são os
líderes de mais uma epopeia nas “lutas populares” – e dizem que seu
objetivo real era fazer o governo “sangrar”, sem explicar que diabo o
público teria a se beneficiar com isso. Não ganham porque não têm os
votos necessários, não têm o apoio nem de meia dúzia de cidadãos de
carne e osso dispostos a protestar na rua e não têm, por fim, a razão –
pois seu objetivo não é obter justiça e sim derrubar um inimigo
político.
A Michel
Temer, mais uma vez, resta a sensação triunfante de saber que atiraram
nele à queima roupa – e erraram o alvo. Naturalmente, como sempre
acontece quando o presidente ganha ou não perde alguma coisa, foi dito
que ele sofreu uma grave derrota – ficou com doze votos a menos do que
teve na votação da primeira denúncia, num total de 513. Mas quem pode
levar a sério um argumento desses? É tão inútil quanto a tentativa de
esconder um fato básico: o de que todo este processo é uma farsa
grosseira, fruto direto de uma série de chiliques de um ex-Procurador
Geral da República que de repente se fixou na ideia de derrubar Temer.
Por motivos que até hoje não ficaram claros, o PGR armou uma das
denúncias mais estúpidas de toda a história do Ministério Publico
brasileiro. Sua “testemunha estrela”, um empresário delator acusado de
mais de 200 crimes, ao qual prometeu inexplicável perdão perpétuo, está
na cadeia. Um dos procuradores sob seu comando recebia propina mensal da
mesma testemunha. Um outro, seu braço direito, amanheceu um belo na
folha de pagamento do escritório que advoga em favor do delator. Se não
fossem procuradores públicos estariam com sérios problemas penais; aqui
não vão para cadeia nem se matarem a mãe a machadadas. O máximo que lhes
poderia acontecer é serem “afastados” dos cargos que exercem, mantendo
salário integral e aposentadoria plena.
Mas não é
só por isso – por se basear numa denúncia espetacularmente inepta, um
mero panfleto sem provas, sem pé e sem cabeça, escrito em linguagem de
semi analfabeto – que essa história de derrubar Temer não dá nunca em
nada. A razão central talvez esteja no fato de que Temer e o
ex-presidente Lula são a mesma coisa. Trocar um pelo outro, ou pela
turma do outro? É o tipo do negócio ruim, levando-se em conta que jamais
se roubará tanto no Brasil como se roubou nos governos de Lula e sua
sucessora, e jamais se governará tão mal. Fora isso, qual a diferença
entre Lula e Temer? Lula, na verdade, é pior, pois foi ele, e ele
sozinho, que inventou a situação que está aí. O fato é que não existiria
Temer nenhum se Lula não tivesse imposto seu nome para vice-presidente
na chapa de Dilma Rousseff, momento em que foi considerado, mais uma
vez, um gênio político pela mídia e por todos os que hoje se horrorizam
com o presidente que ele nos enfiou goela abaixo. Quem deveria ter feito
o verdadeiro “Fora Temer”, muitos anos atrás, eram Lula e o PT. Agora é
tarde.
BLOG ORLANDO TAMBOSI
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