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sábado, 28 de outubro de 2017

Audi A7 Sportback: para quem não é 'tiozão' na alma


A Audi nunca teve muita pressa para acompanhar as tendências da indústria. Na época do “boom” dos roadsters, a marca das quatro argolas assistiu as rivais BMW e Mercedes-Benz largarem na frente com Z3 e SLK. E só depois lançou o TT com duas carrocerias distintas. Na febre dos utilitários-esportivos (SUV) foi a mesma coisa. A Mercedes abriu o segmento com o ML, em 1997, a BMW veio na sequência com o X5 e a Audi só colocou o Q7 na praça em 2005, depois das primas Porsche e Volkswagen já terem lançado Cayenne e Touareg.
No nicho dos cupês quatro portas não foi diferente. A Estrela das Três Pontas inaugurou o filão com o CLS em 2004 e Audi só se apresentou em 2010 com o A7 Sportback. Ele chegou após a implementação da plataforma MLB, como o A6 e demais modelos de porte intermediário do Grupo VW, e teve mais de 100 mil unidades vendidas na Europa e Estados Unidos. Um desempenho notável para um premium que divide público com modelos dos mais variados segmentos.
Grande parte do sucesso se deu em função do design agressivo, principalmente na seção traseira, inspirada no Audi 100 S Coupé, de 1969. Ou seja, o refinamento de um sedã executivo envelopado numa carroceria esportiva.
Agora o modelo chega à segunda geração, preservando as principais linhas e oferecendo toda a comodidade e sofisticação do A6, mais uma vez de olho no consumidor que não se satisfaz com um sedã convencional.
Com quase 5 metros, sendo 2,93m de entre-eixos, ele conta com todas as exigências de quem opta por um carro de luxo. Por ter uma proposta esportiva, o acabamento mescla alumínio e couro praticamente em todos os pontos onde os olhos alcançam e as mãos tocam.

O A7 conta ainda com três monitores, um para climatização, outro para multimídia e o quadro de instrumentos digital (Virtual Cockpit), onde se pode exibir instrumentos de leitura, navegação e dados do computador de bordo, sem contar a projeção de dados no para-brisas. E se não bastasse, o sistema de áudio é fornecido pela Bang & Olufsen.

Design
O desenho do A7 sempre chamou atenção pela cadência da coluna C, num estilo retrô nos moldes dos fastbacks europeus que surgiram no anos 1960. De frente, ele mantém a identidade visual da Audi, com enorme grade trapezoidal. Os faróis são de facho a laser e LED, HD Matrix.
Mas é a traseira que faz com que qualquer um vire o pescoço. Na nova geração ela ganhou linhas mais harmoniosas e lanternas com moldura que formam uma peça única que percorre toda a extensão. Logo acima delas, na tampa do porta-malas (que também envolve o para-brisas traseiro, como num hatch), há um aerofólio que se eleva a partir dos 120 km/h para gerar arrasto e empurrar a carroceria para baixo. Não se trata de um mimo estético, afinal o comportamento do modelo é semelhante ao de um esportivo.
Por aqui, a Audi do Brasil confirmou a chegada do A7 Sportaback para o segundo semestre de 2018. Ainda sem preço, não deverá ficar abaixo dos R$ 450 mil.
Motorização
O Audi A7 Sportback chega com versão inicial equipada com motor V6 biturbo 3.0 de 340 cv e 51 mkgf auxiliado por um gerador de 48 volts, que atua como arranque e também para oferecer torque extra nas retomadas. O A7 acelera de 0 a 100 km/h em 5,1 segundos, um segundo mais lento que o Porsche 911 Carrera. Complementa o conjunto mecânico a transmissão automatizada S Tronic de sete marchas. A distribuição do torque é feita pelo sistema de tração integral Quattro e a suspensão independente nas quatro rodas conta com amortecedores com ajuste de carga. Como se não bastasse, as rodas traseiras se esterçam levemente na direção oposta à das dianteiras para melhorar o comportamento dinâmico nas curvas. Tudo isso na versão de entrada. Imagine na furiosa RS7?

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