Por Chayenne Guerreiro
O Partido Socialista Brasileiro (PSB) tem pressionado o ministro de
Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, para que abandone o posto no
governo de Michel Temer (PMDB) e apoie o pedido de renúncia sugerido
pela legenda.
A Comissão Executiva Nacional optou pelo afastamento de Temer porque
considera que sua permanência no cargo amplia a crise que atinge o
Brasil. Em nota, divulgada através de sua rede social, nessa
segunda-feira (22), o PSB afirmou que agora é oposição ao governo e que
apoia as eleições diretas.
“Enquanto instituição partidária o PSB nunca integrou o Governo, passou
a lhe fazer oposição e milita para que, quando de seu termo - que
fatalmente virá - a sucessão se defina em conformidade com as previsões
constitucionais que, desejamos, venham a compreender as eleições
diretas, admissíveis a partir de Proposta de Emenda à Constituição”, diz
a nota.
A legenda diz ainda que a permanência de Fernando Coelho no cargo de ministro está sendo julgada pelo Conselho de Ética do PSB.
“As deliberações da Comissão Executiva não podem ser, em hipótese
alguma, disputadas ou relativizadas por qualquer dos integrantes do
partido, dado o cenário em que ocorreram e a unanimidade de que foram
objeto. Neste contexto, a decisão do deputado licenciado Fernando Coelho
Filho, no sentido de manter sua posição no Ministério de Minas e
Energia irá incidir de forma decisiva, em processo disciplinar que já
tramita no Conselho de Ética do PSB. A sanção que eventualmente se venha
a aplicar terá por fundamento não apenas a infringência de disposições
partidárias, mas a insensibilidade política para com as urgências dos
segmentos populares, que um partido SOCIALISTA deve necessariamente
representar”, encerra o comunicado.
Mesmo após decisão do partido, o ministro jantou com Temer no Alvorada
na noite deste sábado (22), junto com o pai, o senador Fernando Bezerra
Coelho. Fernando Filho ainda não definiu se permanece ou entrega o
cargo.
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