MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

domingo, 28 de maio de 2017

Países industrializados querem manter o Brasil como produtor de matérias-primas


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Charge do Newton Silva (newtonsilva.com)
Flávio José Bortolotto
É uma luta que vem de longe. Os países industrializados querem que as nações subdesenvolvidas continuem apenas como produtores de matérias-primas (commodities), quando muito de produtos semi-acabados, para serem mantidas como mercados cativos de produtos industriais importados, sem se tornarem concorrentes neste mercado de maior rentabilidade. Cabe a nós, subdesenvolvidos e emergentes – portanto, descapitalizados – medir as consequências e escolher o caminho certo, que é a industrialização, principalmente através de empresas nacionais, de matriz no Brasil e que invistam em tecnologia própria, gerando empregos de maior remuneração.
Todos os países que se tornaram novos grandes exportadores, como Japão, Coreia do Sul e China, procederam assim. Justamente por isso, é preciso lembrar que no Brasil, não foram as empresas que corromperam todo o País, mas seus dirigentes e e executivos.
A QUEM PUNIR? – Devemos punir exemplarmente os executivos responsáveis, mas é necessário preservar as grandes empresas que tem matriz no Brasil. Caso contrário, estaremos destruindo as maiores empresas de engenharia pesada do Brasil, e teremos que contratar as concorrentes que têm matriz no exterior, entregando a elas quase todas as obras de nossa infra-estrutura.
O erro estratégico dos governos do PT e da base aliada foi tentar caminhar com uma perna só, a do consumo (alavancada pelo crédito farto e com aumento real do salário mínimo de 4,1% ao ano, bem acima do 1% ao ano da produtividade (produção por hora trabalhada), o que não é sustentável, pois foi esquecida a perna da poupança/investimento.
A experiência mostrou que caminhar como Saci-Pererê não nos leva até o fim do caminho. Agora, temos que fazer reformas, que serão muito dolorosas.
MARQUETAGEM – Como se sabe, o marketing político é fundamental para ganhar eleição, porque potencializa a venda de um sonho, reforça a esperança de um país melhor etc.
É um belo axioma, mas totalmente inócuo para aumentar a popularidade de um governo e preservá-lo, quando o povo sente na carne os efeitos nocivos de uma economia em contração: desemprego, perda de renda com a inflação corroendo os salários, empobrecimento etc., e se torna um teorema, cuja solução o marketing político não consegue alcançar. Ou seja, não termina em CQD (Como Queríamos Demonstrar).
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