Sérgio Gorgen nega agressão a jovem que distribuía adesivos contra Dilma.
Ele assinou termo circunstanciado em delegacia e foi liberado em seguida.
Homem fantasiado de pato supostamente agredido
por ex-deputado (Foto: Polícia Militar/Divulgação)
O frei Sérgio Gorgen, um dos dirigentes do Movimento dos Pequenos
Agricultores (MPA) e ex-deputado estadual pelo PT no Rio Grande do Sul,
foi detido na manhã desta quarta-feira (6) em frente ao Ministério do
Desenvolvimento Agrário, em Brasília, suspeito de agredir panfleteiros
contratados pela Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp) para
distribuir adesivos a favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff.
Gorgen nega a agressão.por ex-deputado (Foto: Polícia Militar/Divulgação)
A confusão aconteceu por volta das 11h, quando integrantes do MPA saíram do gramado em frente ao Congresso para ir ao Ministério do Desenvolvimento Agrário, onde tinham uma audiência marcada com o ministro Patrus Ananias para discutir políticas para os camponeses.
No percurso, o frei e outro dirigente do MPA, Anderson Amaro, tiveram uma discussão com um dos panfleteiros, que estava vestido com uma fantasia de pato. O rapaz não quis dar entrevista. Gorgen diz ter rasgado alguns dos adesivos e arrancou uma placa que estava pendurada no panfleteiro vestido de pato. Ele disse ter pensado que o pato era um boneco.
Gorgen ainda diz que sofreu agressões verbais e foi ameaçado. "Quando eu rasguei os panfletos, eles xigaram bastante. Sofri agressão verbal", afirma. O dono da empresa S.A., que presta serviço para a Fiesp, Mateus Bruno, disse que o frei empurrou um dos funcionários e que ele chegou a cair no chão.
"O menino estava fanstasiado de pato. É nítido que é uma pessoa, porque esse pato anda. Tinha a menina ao lado distribuindo panfletos. O senhor chegou e começou a pegar todos [os panfletos] e tomou da mão dela meio que à força. Após ele pegar os panfletos, ele foi pra cima do pato. Ele empurrou o rapaz, que chegou a cair", disse.
Segundo Bruno, pessoas que passavam ajudaram os funcionários da empresa, mas nenhum se dispôs a ir à delegacia para prestar depoimento. Ele diz que não houve resistência por parte dos funcionários. "Ela [a funcionária] não se incomodou de entregar os panfletos em nenhum momento. A gente tá ali pra entregar, quanto mais entregar, melhor para a divulgação".
Bruno disse que a empresa, que presta serviço em Brasília desde a terça-feira da última semana, não tem preferência partidária. "A gente nem sabe exatamente o que acontece dentro da campanha. A gente é pago para entregar panfleto", afirma.
De acordo com a Polícia Civil, Gorgen assinou um termo circunstanciado, que será encaminhado à Justiça, e liberado em seguida.
Manifestação no MDA
Os manifestantes do MPA estão em Brasília desde a última segunda-feira (4) para pedir ao governo incentivos à agricultura sem agrotóxicos. Cerca de 100 pessoas de 19 estados vieram à capital, segundo o movimento.
Nesta quarta, eles tinham uma audiência marcada com o ministro do Desenvolvimento Agrário, Patrus Ananias, para discutir a implementação de um programa voltado para os camponeses. Às 110h30 uma das faixas da via S1, na Esplanada dos Ministérios, foi interditada para que os manifestantes se deslocassem para o MDA.
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