O
ex-deputado e ex-delegado da Polícia Federal Protógenes Queiroz está na
Suíça e pede asilo político no país, alegando que sua vida “corre
risco” por conta de seu trabalho como delegado investigando a corrupção.
Seu dossiê foi aceito nesta quarta, 6, pelas autoridades que passarão
avaliar o processo.
Este delegado
foi deputado federal de 2010 a 2014, concorreu à reeleição, mas sem
sucesso. Ele foi o único parlamentar que quis investigar a morte de
Eduardo Campos, na queda do avião durante o período eleitoral em 2014.
Segundo o então deputado Protógenes, ele iria provar que Eduardo Campos
foi assassinado na queda criminosa do avião em que estava.
Ao
fim de seu mandato como deputado federal, Protógenes foi demitido pelo
então Ministro da Justiça do governo Dilma por ter usado escutas não
autorizadas pelo judiciário para investigar e prender corruptos na
Operação Satiagraha, que prendeu corruptos como banqueiro Daniel Dantas,
do Banco Opportunity, o ex-prefeito Celso Pitta e o investidor Naji
Nahas. Ele foi demitido 14 de outurbro de 2015 por decreto de José
Eduardo Cardozo, Ministro da Justiça.
O motivo de sua demissão: Protógenes
tentou fazer mais do que o “arroz com feijão” para conseguir que os
bandidos de colarinho branco fossem presos. Ele não foi demitido porque
forjou provas. Foi demitido porque constatou, através de escutas
telefônicas, que provaram as ações criminosas, que vieram a servir como
base para a prisão dos envolvidos, por crimes como evasão de divisas,
lavagem de dinheiro, sonegação fiscal, corrupção e formação de
quadrilha.
Os criminosos presos
foram inocentados pela justiça, não porque foi constatado que os
corruptos na verdade não cometeram crimes, mas porque os crimes foram
provados através de escutas telefônicas não autorizadas pela justiça. E
essas escutas foram a justificativa de Eduardo Cardozo para
demitir Protógenes.
Segundo o agora
ex-delegado federal brasileiro, se ele voltar para o Brasil será
“executado”. “Minha vida está em jogo”, disse. “Eu detenho muitos
segredos”, insistiu. “A Justiça do meu país decidiu retirar a proteção
que eu tinha quando era policial. Decidi buscar a segurança aqui na
Suíça “, explicou.
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