MEDIÇÃO DE TERRA

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domingo, 3 de abril de 2016

Chefe do Exército argentino diz que Malvinas ainda é 'objetivo nacional'


Ilhas 'são parte inseparável da Argentina', afirmou Diego Luis Suñer.
Reino Unido domina território desde 1833; países entraram em guerra em 82.

Da EFE
Rochas no formato das Malvinas/Falkland são vistas no Museu das Malvinas, em Buenos Aires, em foto de 18 de setembro de 2015 (Foto: AP Photo/Natacha Pisarenko)Rochas no formato das ilhas no Museu das Malvinas, em Buenos Aires (Foto: AP Photo/Natacha Pisarenko)
O chefe do Exército da Argentina, Diego Luis Suñer, disse nesta sexta-feira (2) que as Malvinas continuam sendo "um objetivo nacional permanente e irrenunciável" do país, no dia que marca os 34 anos conflito com o Reino Unido.
"As Malvinas não se reduzem a um sentimento: são parte inseparável da Argentina. É presente e desafio de futuro", afirmou Suñer em comunicado.
"O dia 2 de abril de 1982 é uma data indelével nas páginas de glória da vida da pátria", destaca Suñer, sobre a data considerada como o "aniversário da recuperação das Ilhas Malvinas".
A declaração é dada na semana em que a ONU concluiu que as Malvinas estão em águas argentinas, reacendendo polêmica sobre a ilha, controlada pelo Reino Unido.
Argentina e Reino Unido entraram em guerra pelo controle das ilhas em abril de 1982, quando tropas argentinas desembarcaram no arquipélago. O confronto durou 74 dias, até a rendição argentina em junho, após o envio de soldados britânicos à região.
"A Guerra das Malvinas representou o primeiro conflito entre dos países do bloco ocidental depois da Segunda Guerra Mundial. Nossos adversários, apesar da grande assimetria em equipamento e tecnologia, combateram corpo a corpo", disse o chefe do Exército argentino.
"Seria injusto esquecer os heróis que lutaram bravamente. Oficiais, suboficiais e soldados deram o melhor exemplo e sofreram de tudo, até a ingratidão que os aguardava ao voltar", afirmou Suñer.
As Malvinas são controladas pelo Reino Unido desde 1833. O governo do país se nega a negociar ao alegar que a decisão corresponde aos moradores da região, que decidiram em um referendo realizado em 2013, não reconhecido internacionalmente, se manterem sob domínio britânico.
Na nota, o chefe do Estado-Maior do Exército afirmou que, "tal como indica a constituição, a causa Malvinas continua sendo um objetivo nacional, permanente e irrenunciável do povo argentino".
Eventos oficiais
O evento central pelo aniversário do conflito ocorreu às margens do Canal Beagle, em Ushuaia, capital da província Terra do Fogo, no sul da Argentina, em frente aos monumentos da guerra. Participaram das celebrações os ministros do Interior, Rogelio Frigerio, e o de Educação, Esteban Bullrich.
O presidente argentino, Mauricio Macri, que voltou dos Estados Unidos após participar da Cúpula de Segurança Nuclear de Washington, fez uma oferenda floral no monumento em homenagem ao conflito situado na Praça de San Martín, em Buenos Aires, onde também houve um evento para lembrar dos combatentes mortos no conflito.
"Essas ilhas no Atlântico, que nos trazem todas essas lembranças, seguem sendo inexoravelmente nossas: nos esperam com uma paciência continental. Nós voltaremos", escreveu posteriormente Macri em uma rede social.

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