– PT manda mulher de Delúbio a um seminário contra caixa dois
Disse Mónica Valente: “Os brasileiros não aceitam mais hipocrisia, covardia ou conivência". É mesmo?
A
cara de pau dos petistas, acreditem!, é algo sem paralelo na história do
Brasil e, sem querer ser um nativista megalômano no desastre, acho que
se pode dizer o mesmo em escala mundial. Nunca, mas nunca mesmo!,
cometam a sandice de achar que os companheiros já chegaram ao limite.
Como diria Millôr, eles sempre darão mais um passo.
Prestem atenção, brasileiros!
Existe uma
estrovenga chamada Coordenação Socialista Latino-Americana. A turma se
reúne no Rio para debater políticas de combate à corrupção e mecanismos
de transparência na gestão da coisa pública.
Huuummm… É! Socialistas, hoje em dia, têm mesmo se reunir para debater a ação dos ladrões.
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A dita
“Coordenação” agrega partidos de esquerda da América Latina, muito
especialmente aqueles que se dizem de inspiração socialista — um
socialismo assim, digamos, à feição PSB. De todo modo, como o nome diz, é
um aglomerado de esquerdistas.
A turma
não é das mais ativas. Não chega a ser um Foro de São Paulo, mas está
por aí, propondo, como de hábito, soluções simples e erradas para
problemas difíceis, como diria H. L. Mencken.
Para esse
seminário, também foram convocados, além de partidos de esquerda,
representantes de sindicatos, de movimentos sociais etc.
Mônica
Valente, secretária de Relações Internacionais do PT e, ora vejam,
mulher de Delúbio Soares, foi uma das oradoras da turma. Isso não é uma
piada. Isso é uma informação.
Com o
destemor que o casal já demonstrou ter, a mulher foi, de fato, valente.
Ela combateu duramente a corrupção e, atenção!, o caixa dois nas
campanhas eleitorais. Seu marido se tornou célebre por ter criado a
expressão “recursos não-contabilizados” durante a CPI do mensalão. A
companheira de Delúbio pregou fogo: “Os brasileiros não aceitam mais
hipocrisia, covardia ou conivência”.
Oh,
claro!, não vou aqui defender que uma mulher pague pelos crimes do
marido e, eventualmente, o contrário. Mas, como resta evidente e sempre
se soube, Mônica não é apenas a mulher de Delúbio. Ela também é uma
militante, uma companheira. E, passados 10 anos da vinda à luz do
mensalão, eis aí o petrolão — está claro já que as duas máquinas de
roubalheira chegaram a funcionar ao mesmo tempo.
Mônica,
como já escrevi, é secretária de Relações Internacionais do PT. Conhece,
portanto, os meandros do partido. É claro que ao fazer essa escolha
para a Secretaria de Relações Internacionais e ao enviar aquela senhora
para o evento, o petismo dá uma banana aos brasileiros.
Não por
acaso, a direção da legenda está estudando uma forma de desagravo a João
Vaccari Neto, justamente o tesoureiro que substituiu Delúbio, o marido
de Mônica.
Esse é o
partido que está lutando bravamente para manter a proibição da doação de
empresas privadas a campanhas, o que, obviamente, será um grande
estímulo ao caixa dois. Pior: conseguiu a maioria no Supremo.
Delúbio quer rir por último. Depois da palestra de sua mulher.
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