O melhor exemplo: o PR, que havia sido faxinado do ministério dos
Transportes, volta a ocupar o ministério e os principais órgãos da
pasta. Volta a pilhagem. E Dilma compra mais um pedaço da base aliada.
(Folha) Um turismólogo vai comandar a Funasa (Fundação Nacional de Saúde) na
Bahia. Um corretor de imóveis irá gerir a CBTU (Companhia Brasileira de
Trens Urbanos) na Paraíba. Um engenheiro sem experiência no setor
portuário assumiu a Companhia Docas no Rio Grande do Norte.
Sem especialização, apadrinhados de congressistas estão sendo abrigados
em cargos estratégicos do governo. O sentido é o mesmo da recente
reforma ministerial, que ampliou o espaço do PMDB na esplanada:
pacificar a base da presidente Dilma Rousseff, concluir o ajuste fiscal e
afastar o risco de impeachment.
Alguns casos motivaram protestos. Como o do novo superintendente do
Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) na Bahia,
Fernando Ornelas, que por indicação do deputado José Carlos Araújo
(PSD-BA), substitui Carlos Amorim, com mais de 30 anos de experiência.
O Instituto dos Arquitetos do Brasil repudiou a nomeação de um gestor
"sem qualquer experiência ou qualificação na área de preservação do
patrimônio cultural", indicado "exclusivamente por questões
político-partidárias".
Na Paraíba, o corretor de imóveis Paulo Barreto virou superintendente da
CBTU por indicação do deputado Aguinaldo Ribeiro (PP). Barreto foi
gestor da autarquia do governo da Paraíba que fiscaliza jogos de azar e
assessor no ministério das Cidades.
A diretoria da Funasa na Bahia será chefiada pelo ex-presidente da
Embratur Vicente Neto, turismólogo por formação, sem experiência na
saúde. Atende a um pleito do PC do B, numa indicação da deputada Alice
Portugal (BA).
A distribuição de cargos também envolveu parentes. No Rio Grande do
Norte, o novo diretor financeiro da Companhia Docas é Emiliano Rosado,
indicado pelo primo deputado, Beto Rosado (PP-RN). Engenheiro civil,
Emiliano trabalhou em empreiteiras, mas não possui experiência no setor
portuário.
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