É público e notório que o pequeno e médio
produtor tem dificuldade em caminhar com as próprias pernas. No agronegócio, o
jargão popular “a união faz a força”, é tão real quanto a necessidade de
estimular novas políticas públicas para fomentar a extensão rural. Por isso,
nesse dia 4 de julho, data em que celebramos o “Dia Internacional do
Cooperativismo”, quero ressaltar o meu entusiasmo com essa atividade que me
acompanha desde cedo e acabou influenciando a minha vida
política.
No Brasil, o cooperativismo reúne mais de
seis mil cooperativas em 13 ramos de atividades econômicas. Juntas, geram mais
de 320 mil empregos diretos, têm mais de 11 milhões de associados e promovem a
participação de mais de 44 milhões de brasileiros, gerando mais de seis bilhões
de dólares em exportações, de acordo com a Organização das Cooperativas
Brasileiras (OCB).
Minha ligação com o cooperativismo começou
ainda na infância, na Alta Mogiana e em Ituverava-SP, quando convivi com
cooperativas. Essa experiência com o espírito cooperativo acabou também
influenciando a minha formação política.
Como deputado estadual por São Paulo
(1986-2006), presidi a Frente Parlamentar do Cooperativismo na Assembleia
Legislativa e fui autor da lei de incentivo ao cooperativismo no estado (Lei
12.226, de 2006), sancionada pelo então governador Geraldo
Alckmin.
Priorizar a relação com cooperativas, por
meio de programas da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São
Paulo sempre foi uma das minhas propostas. O cooperativismo é um movimento, uma
filosofia de vida e um modelo capaz de unir desenvolvimento econômico e
bem-estar social. Mas para a agricultura, essa ação vai além dessa
premissa.
Para o agronegócio, as associações são
exemplos de entidades que se unem por uma causa maior, que é ajudar o pequeno e
médio produtor. São o braço fundamental o desenvolvimento rural, fomentando a
produção com qualidade e preservando o meio ambiente. E isso as fortalecem cada
vez mais.
O governador Geraldo Alckmin, por meio da
Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo se mobilizou
para isto! Não à toa reuniu forças para brigar pela prorrogação por mais dois
anos do Projeto de Desenvolvimento Rural Sustentável (PDRS) – Microbacias II,
destinado ao nosso produtor, agregando renda e viabilizando a sua
atuação.
A medida, o qual tive o prazer em anunciar
em um momento tão importante, que foi durante a celebração dos 128 anos do nosso
Instituto Agronômico, em Campinas, foi confirmada pelo Ministério da Fazenda,
segundo a recomendação da Comissão de Financiamentos Externos
(Cofiex).
A aprovação havia sido recomendada durante a
reunião deliberativa, da Secretaria de Assuntos Internacionais (Seain), órgão
pertencente ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, no dia 24 de
junho de 2015, em Brasília.
Essa prorrogação é uma vitória para as
cooperativas que representam o produtor familiar, pois é o elo entre Estado e
produtor. Ao longo deste programa, mais de 6 mil famílias em todo o Estado foram
beneficiadas, com mais de R$ 88 milhões. E com essa prorrogação vamos continuar
fomentando esses planos que já estão em andamento e iniciar os novos
projetos.
O projeto alavancará iniciativas de negócios
apresentadas por organizações de produtores rurais voltadas à comercialização de
seus produtos, para que possam obter, de forma sustentável, um melhor
posicionamento junto ao mercado consumidor. Dessa forma, esperamos tornar mais
equilibrada a competitividade da agricultura, buscando fortalecer a posição de
pequenos e médios produtores em cadeias produtivas e mercados de produtos
específicos.
Em meio à crise econômica que se agrava a
cada dia no Brasil, cada vez mais vemos na agricultura um caminho para superar
as dificuldades. E pelas cooperativas e associações, o pequeno e médio produtor
tem a oportunidade de produzir com mais qualidade e eficiência. Essa ação
conjunta é uma prova de que Estado e produtor precisam andar
juntos.
O cooperativismo contempla não apenas a
questão econômica, mas também a social. É a união de pessoas em torno de um
objetivo comum promovendo melhoria de vida no coletivo e não no individual.
Desta maneira, reafirmo o compromisso de lutar para que o cooperativismo
possa crescer, de maneira sustentável, transformando a realidade de um País tão
desigual, a partir dos princípios que regem o verdadeiro
cooperativismo.
02/07/2015
Arnaldo Jardim é deputado federal (licenciado) e
secretario de Agricultura e Abastecimento do Estado de São
Paulo
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