MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

quinta-feira, 30 de julho de 2015

Dólar fecha sobe a R$ 3,37 e renova máxima em 12 anos


A moeda norte-americana avançou 1,25%, a R$ 3,371 na venda.
Mercado repercutiu dados sobre os EUA e incertezas no Brasil.

Do G1, em São Paulo
O dólar fechou em alta em relação ao real nesta quinta-feira (30), acompanhando o fortalecimento da moeda norte-americana nos mercados externos diante de expectativas de altas de juros nos Estados Unidos ainda neste ano e preocupações com a desaceleração da China.
O dólar avançou 1,25%, a R$ 3,371 na venda, após cair 1,18% na sessão passada, interrompendo uma sequência de 5 altas. Veja cotação. O valor de fechamento voltou a atingir o maior nível desde 2003. É o maior patamar desde 27 de março de 2003, quando fechou a moeda fechou negociada a R$ 3,386 na venda, segundo a Reuters.

Na semana e no mês, há alta acumulada de 0,72% e 8,43%, respectivamente. No ano, a moeda já subiu 26,79%.
"Mais um dia de alta generalizada do dólar, no mundo todo", resumiu à Reuters o gerente de câmbio da corretora Treviso, Reginaldo Galhardo.
O crescimento econômico dos EUA acelerou no segundo trimestre, sugerindo um ímpeto que pode deixar o Federal Reserve, banco central norte-americano, mais perto de elevar a taxa de juros neste ano. A alta dos juros norte-americanos pode atrair para a maior economia do mundo recursos atualmente aplicados no Brasil, cenário corroborado pela sinalização de que o Banco Central brasileiro não deve voltar a elevar os juros básicos tão cedo após aumentar a taxa básica de juros em 0,50 ponto percentual na véspera, a 14,25%.
Dólar nos últimos dias
Veja a variação do valor de fechamento em R$
3,1363,15823,19393,20063,17323,22573,29583,3473,3643,3693,32933,371cotação em R$15/0716/0717/0720/0721/0722/0723/0724/0727/0728/0729/0730/073,13,153,23,253,33,353,4
Gráfico elaborado em 30/07/2015
O Federal Reserve aguarda sinais de recuperação da economia dos Estados Unidos para elevar a taxa de juros no país. Com a expectativa de haver mais investidores interessados em aplicar dinheiro nos EUA, o dólar ganha força e tende a subir em relação a outras moedas, como o real.

"O crescimento do PIB (dos Estados Unidos) faz crer que a alta de juros venha este ano. Ainda não está claro se em setembro ou dezembro, mas deve vir este ano", disse à Reuters o diretor de câmbio do Banco Paulista, Tarcísio Rodrigues.

Preocupações com a desaceleração da economia chinesa em meio ao tombo das bolsas do país também sustentavam a aversão a risco.
No Brasil
No mercado local, somava-se ao persistente quadro de apreensão com a situação fiscal e com as turbulências políticas no Brasil a indefinição sobre a intervenção do Banco Central no câmbio, após o salto recente da moeda dos EUA, que tende a pressionar a inflação ao encarecer importados.
"A autoridade monetária diminuirá ainda mais a oferta do derivativo? Mês a mês houve redução da oferta, e o BC pode ainda aproveitar o bom momento externo em relação ao juro americano para reduzir ainda mais a oferta", escreveram analistas da corretora Lerosa Investimentos, segundo a Reuters.

Além disso, a disputa pela formação da Ptax de julho nas últimas sessões do mês deixava as cotações mais sensíveis. A Ptax é uma taxa calculada diariamente pelo BC que serve de referência para diversos contratos cambiais, que aponta a média do preço do dólar em real. Operadores costumam disputar para influenciar a taxa da última sessão do mês, que determina a cotação utilizada para precificar o primeiro contrato futuro de dólar negociado na BM&F. Contratos futuros de dólar são acordos de compra ou venda de dólares no futuro, porém com preço já estabelecido no momento da negociação. É uma forma de se prevenir de altas e baixas da moeda.
 

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