De acordo com estudos, opções mais baratas de lazer dentro de casa e o cinema vêm se destacando no orçamento familiar
por
Luis Philipe Souza - iG São Paulo
Publicada em TRIBUNA DA BAHIA
Os cortes e ajustes entraram de vez no
cotidiano do brasileiro. Está sendo assim com todas as necessidades
básicas, e também com outras mais supérfluas como o lazer. A tendência
do consumidor neste caso não é eliminar gastos, mas buscar opções mais
baratas de divertimento.
O entretenimento dentro de casa vem ganhando preferência quando comparado a viagens e gastos com restaurantes, por exemplo. De acordo com a plataforma Holisticview, que traça o perfil orçamentário das famílias brasileiras, mais de 1 milhão de famílias deixou de fazer refeições fora de casa.
Por outro lado, o gasto familiar em entretenimento doméstico, puxado por pacotes de internet e TVs por assinatura, subiu 26% nos últimos quatro anos. Em 2014, cada família gastou, em média, R$ 2.073 mensais em lazer doméstico.
De acordo com Aurélia Vicente, diretora de contas da Kantar Worldpanel Brazil, o período de dificuldade financeira é, sem dúvidas, o protagonista desse movimento. “Com a crise, as pessoas acabam deixando de fazer as algumas coisas fora de casa e passam a fazer dentro [de casa]”. Também vale destacar o grande espaço para crescimento dos principais produtos que alavancam a alta, diz.
“Há uma grande demanda no Nordeste, lá tem muito espaço para crescer. É diferente do Rio de Janeiro, por exemplo, onde mais da metade da população tem acesso à internet ou à TV a cabo. No Nordeste, menos de 30% das pessoas tem esse tipo de lazer em casa”, explica.
Cinema tem a preferência
Outro segmento de destaque – este fora da esfera domiciliar – é o cinema, que vem registrando recordes em 2015. De acordo com a Flix Media, especializada na comercialização de publicidade para o mercado de entretenimento, o movimento nas bilheterias neste ano irá superar 2014 em 15% e vender 180 milhões de ingressos.
“Esse sucesso ocorre por uma série de fatores. No nosso entendimento, as pessoas acabam indo ao cinema porque é relativamente barato. Viajam menos, por exemplo, e fazem desse o programa do fim de semana”, afirma o Vinicius Sanfilippo, gerente de Planejamento e Marketing da empresa. O executivo lembra também a influência das estreias de 2015 na boa bilheteria, como "50 Tons de Cinza", "Minions", "Velozes e Furiosos 7" e "Meu Passado me Condena 2".
O baixo custo da ida ao cinema, ao qual se refere Sanfilippo, pode ser observada na comparação com os preços do ingresso do futebol, por exemplo, já que o esporte é um dos principais símbolos do entretenimento para o brasileiro.
A diferença é significativa: enquanto o ticket médio do cinema foi de R$ 13,62 neste primeiro semestre, de acordo com a Rentrak, os ingressos mais baratos do Campeonato Brasileiro, em média, custaram R$ 51,74, segundo dados mais recentes da Pluri Consultoria, referentes ao primeiro semestre de 2014.
Como no setor de entretenimento doméstico, parte do sucesso do cinema se deve também ao potencial de crescimento no alcance aos consumidores. As redes que compõem a Flix Media – gigantes como Cinemark, Cinesystem e Kinoplex – têm planos de abrir 91 novas salas de exibição em 2015. “O cinema vive uma situação inversa a que o País vive hoje”, diz Sanfilippo.
O entretenimento dentro de casa vem ganhando preferência quando comparado a viagens e gastos com restaurantes, por exemplo. De acordo com a plataforma Holisticview, que traça o perfil orçamentário das famílias brasileiras, mais de 1 milhão de famílias deixou de fazer refeições fora de casa.
Por outro lado, o gasto familiar em entretenimento doméstico, puxado por pacotes de internet e TVs por assinatura, subiu 26% nos últimos quatro anos. Em 2014, cada família gastou, em média, R$ 2.073 mensais em lazer doméstico.
De acordo com Aurélia Vicente, diretora de contas da Kantar Worldpanel Brazil, o período de dificuldade financeira é, sem dúvidas, o protagonista desse movimento. “Com a crise, as pessoas acabam deixando de fazer as algumas coisas fora de casa e passam a fazer dentro [de casa]”. Também vale destacar o grande espaço para crescimento dos principais produtos que alavancam a alta, diz.
“Há uma grande demanda no Nordeste, lá tem muito espaço para crescer. É diferente do Rio de Janeiro, por exemplo, onde mais da metade da população tem acesso à internet ou à TV a cabo. No Nordeste, menos de 30% das pessoas tem esse tipo de lazer em casa”, explica.
Cinema tem a preferência
Outro segmento de destaque – este fora da esfera domiciliar – é o cinema, que vem registrando recordes em 2015. De acordo com a Flix Media, especializada na comercialização de publicidade para o mercado de entretenimento, o movimento nas bilheterias neste ano irá superar 2014 em 15% e vender 180 milhões de ingressos.
“Esse sucesso ocorre por uma série de fatores. No nosso entendimento, as pessoas acabam indo ao cinema porque é relativamente barato. Viajam menos, por exemplo, e fazem desse o programa do fim de semana”, afirma o Vinicius Sanfilippo, gerente de Planejamento e Marketing da empresa. O executivo lembra também a influência das estreias de 2015 na boa bilheteria, como "50 Tons de Cinza", "Minions", "Velozes e Furiosos 7" e "Meu Passado me Condena 2".
O baixo custo da ida ao cinema, ao qual se refere Sanfilippo, pode ser observada na comparação com os preços do ingresso do futebol, por exemplo, já que o esporte é um dos principais símbolos do entretenimento para o brasileiro.
A diferença é significativa: enquanto o ticket médio do cinema foi de R$ 13,62 neste primeiro semestre, de acordo com a Rentrak, os ingressos mais baratos do Campeonato Brasileiro, em média, custaram R$ 51,74, segundo dados mais recentes da Pluri Consultoria, referentes ao primeiro semestre de 2014.
Como no setor de entretenimento doméstico, parte do sucesso do cinema se deve também ao potencial de crescimento no alcance aos consumidores. As redes que compõem a Flix Media – gigantes como Cinemark, Cinesystem e Kinoplex – têm planos de abrir 91 novas salas de exibição em 2015. “O cinema vive uma situação inversa a que o País vive hoje”, diz Sanfilippo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário