Governadores tucanos escolhem ficar ao lado de 7,7% da população que ainda apoia Dilma. Em troca de uns caraminguás e contra mais de 80% dos brasileiros.
Querem fazer a coisa certa, senhores governadores tucanos? Sentem com
a presidência do partido e as bancadas no Congresso, tirem uma pauta
com cinco pontos em comum, nomeiem um interlocutor e vão para esta
reunião com a Dilma. Isto é ser Oposição. Agora, juntar meia dúzia de
sorrisinhos beirando a idiotice para tentar sair bem na foto, não vai
levar a nada. Neste momento, os governadores tucanos estão ficando ao
lado dos 7,7% que ainda apoiam Dilma e contra a maioria do povo
brasileiro. Acham que sairá alguma solução desta reunião? Não há pauta
bomba alguma contra os governos estaduais no Congresso. Muito antes pelo
contrário. Nunca o pacto federativo esteve tão perto de ser votado, por
exemplo. O que sairá desta reunião? Uma bela foto para que Dilma faça o
marketing da união entre os executivos para pressionar o Congresso que
tem lutado como nunca a favor dos governadores. Que as bancadas esqueçam
os governadores, pois nenhum busca a reeleição. Governador não é
oposição. Todos os tucanos querem ser presidente, a não ser o Azambuja
que a gente nem sabe direito qual o Mato Grosso dirige e o Jatene lá do
Pará. E nenhum, cá entre nós, tem a mínima condição de sê-lo.
(Estado) Em São Paulo, governadores tucanos indicaram que vão endossar o
pedido da presidente para que ajudem a impedir que o Legislativo aprove
“pautas-bomba” – aquelas que elevam as despesas e ameaçam o ajuste
fiscal – e gere gastos em cascata nos Estados.
O governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), afirmou que não
interessa a nenhum governador “o prolongamento da crise econômica”. “É
preciso conversar muito, todos nós, sobre as dificuldades que os
governos enfrentam por causa da recessão”, disse o tucano, após
participar da abertura de uma feira agrícola no centro de exposições do
Anhembi, na zona norte de São Paulo.
Também presente no evento, o governador de Mato Grosso do Sul,
Reinaldo Azambuja (PSDB), disse que a pauta do Congresso não pode
“desencadear desequilíbrios” nas contas públicas, especialmente agora em
que os Estados passam “por momentos de dificuldades”. “Já pedimos ao
Senado e à Câmara que não votem pautas que imponham despesas e
comprometimentos aos Estados sem previsão de receita. Porque nós já
fomos surpreendidos por esse momento de dificuldades”, declarou o
tucano. “Essas pautas têm desencadeado uma série de desequilíbrios. Eu
acho que essa pauta deve ser comum, servindo à União e aos Estados.”
Para o governador do Paraná, Beto Richa (PSDB), é preciso
evitar a criação de novas despesas. “Devemos ser responsáveis o
suficiente para o quanto a crise está prejudicando o País e,
consequentemente, todas as unidades da federação, sobretudo na
arrecadação.”
Anfitrião do encontro, o governador paulista, Geraldo Alckmin
(PSDB), disse apenas que vai para a reunião com a disposição de defender
medidas que gerem empregos. O Planalto pretende mostrar no compromisso
com os governadores que, apesar das dificuldades, o governo tem rumo e
poderá sair da crise.
‘Natural’. O presidente nacional do PSDB,
senador Aécio Neves (MG), ressaltou ontem que a ida de governadores do
partido à reunião convocada pela presidente é “natural”, mas não
significa apoio à petista. “É absolutamente natural que governadores,
independentemente de serem da oposição ou da base do governo, se reúnam
com a presidente da República, por mais fragilizada que ela esteja”,
disse. “Em relação aos governadores do PSDB, o que não se cogita é
qualquer manifestação de apoio a esse governo.”
BLOG DO CORONEL
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