Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil
Ministro do Planejamento, Nelson Barbosa
O ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, disse que o governo
não estuda utilizar as reservas internacionais para fazer caixa ou
influenciar a flutuação do câmbio. As reservas de 360 bilhões de dólares
permitem que o governo tenha autonomia sobre a política econômica do
país, segundo o ministro. “Não há decisão, nenhum plano de venda de
reservas internacionais por parte do governo brasileiro”, disse Barbosa
após a reunião de coordenação política desta segunda (27), comandada
pela presidenta Dilma Rousseff. “O volume de reservas dá autonomia ao
Estado brasileiro para conduzir sua política econômica sem ter que
recorrer aos organismos internacionais e, principalmente, dá à sociedade
brasileira, a capacidade de suportar flutuações cambiais, sem gerar
problemas financeiros e fiscais”, argumentou. O ministro minimizou a
resposta negativa dada pelo mercado à redução na meta de superávit
primário, anunciada na última semana, e disse que as taxas cambiais irão
se estabilizar. “Temos confiança que os mercados vão se ajustar e a
taxa de câmbio tende a se estabilizar”, disse. Barbosa reconheceu que a
economia brasileira atravessa dificuldades, mas disse que o governo tem
“todo o controle da situação” e os instrumentos para reduzir o
endividamento e a inflação e retomar o crescimento. “Estamos em uma fase
de reequilíbrio, de ajustes. Nesta fase há aumento temporário da
inflação e uma retração do ritmo da atividade econômica, com flutuação
de alguns preços. Mas a direção está mantida, de reequilíbrio
macroeconômico e principalmente a direção de recuperação do
crescimento”, explicou. O ministro está confiante na aprovação, pelo
Congresso Nacional, da redução da meta de superávit primário do setor
público para 2105, que caiu de R$ 66,3 bilhões para R$ 8,7 bilhões. A
revisão tem que ser ratificada pelo Congresso, que precisará aprovar
emendas à Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2015 e ao projeto da
LDO do próximo ano. “Enviamos [ao Congresso] o que consideramos as metas
adequadas, vamos defender a revisão. Acho que há um clima favorável de
recepção da revisão por parte do Congresso”, ponderou Barbosa.
Luana Lourenço, Agência Brasil POLÍTICA LIVRE
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