Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Na operação, foi determinado o sequestro de um avião bimotor no valor de R$ 2 milhões
A Polícia Federal (PF) cumpre na manhã de hoje (29) 90 mandados
de busca e apreensão no Distrito Federal e nos estados de Minas Gerais,
Rio Grande do Sul e Goiás em meio a Operação Acrônimo. O objetivo é
desarticular uma organização criminosa especializada em lavagem de
dinheiro, em Brasília. Entre as medidas determinadas pela Justiça
Federal está o sequestro de um avião bimotor turboélice, avaliado em R$ 2
milhões. De acordo com a PF, cerca de 400 policiais fazem buscas em
cerca de 30 endereços de pessoas físicas e 60 pessoas jurídicas. A
operação é resultado de uma investigação iniciada em outubro do ano
passado quando agentes federais apreenderam R$ 113 mil em uma aeronave
que chegava ao Aeroporto Internacional de Brasília Juscelino
Kubitscheck. Desde a apreensão do avião, agentes federais acompanharam
os suspeitos e também analisaram os dados existentes nos notebooks,
smartphones, tablets, além de outros dispositivos e mídias apreendidos
durante a ação realizada no aeroporto da capital federal. Na ocasião,
foram apreendidos, segundo a PF, mais de 600 gigabytes. O nome da
operação é uma referência ao fato de que o prefixo da aeronave onde
foram localizados os valores é uma sigla formada pelas iniciais dos
nomes de familiares do principal investigado pela operação. Até o
momento, não foram informados os nomes dos investigados. Com as ações
desencadeadas, a PF tenta obter documentos, valores e dados que possam
esclarecer a suspeita de que os recursos que circulavam nas contas de
pessoas físicas e jurídicas ligadas aos investigados provinham de
fraudes em contratos com órgãos públicos. A polícia suspeita que notas
fiscais eram emitidas para o pagamento de serviços não prestados ou com
sobrepreço. Conforme as investigações, para tentar ocultar a origem dos
recursos, os suspeitos usavam laranjas e empregavam uma técnica
conhecida como smurffing, que consiste no fracionamento de valores para
disfarçar e dificultar a identificação de grandes movimentações
bancárias. POLÍTICA LIVRE
Ivan Richard, Agência Brasil
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