MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

domingo, 31 de maio de 2015

Queijo e vinho: um clássico


Eduardo Avelar - Hoje em Dia


Élcio Paraíso / Divulgação
Para o enólogo Nelton Fagundes, a identificação do tipo de queijo é o primeiro passo
Para o enólogo Nelton Fagundes, a identificação do tipo de queijo é o primeiro passo

A harmonização entre queijos e vinhos é tão antiga quanto necessária na enogastronomia. A região francesa de Provence foi a responsável pelos primeiros registros de combinação entre os dois produtos, ainda na Idade Média. Os queijos e vinhos eram servidos como entrada em jantares ou em reuniões entre amigos.
 
Os dois produtos apresentam diferenças em vários pontos, mas têm similaridades que devem ser consideradas, como a influência do clima, solo e local onde são produzidos e as particularidades de seus sabores.
 
O sommelier da Enoteca Decanter Nelton Fagundes explica que é preciso conhecer a bebida e o alimento para evitar uma combinação desastrosa. “Os produtos podem apresentar texturas fortes e conflituosas, sendo necessário alinhá-los muito bem para que garantir uma degustação agradável”, alerta.
 
Tipos de queijo
 
Assim como os vinhos, os queijos têm tipos diferentes, que devem ser avaliados ao se montar uma tábua de frios, por exemplo. A identificação correta é o primeiro passo para que a harmonização resulte em uma boa experiência enogastronômica. “Podemos classificar o alimento nos grupos fresco e fresco curado (ricota, requeijão, cottage, muçarela de búfala), branco mole (brie, camembert e coulommiers), semimole (emmental, gouda, saint-paulin), duro (parmesão, pecorino, grana padano), azul (gorgonzola, roquefort, stilton) e temperado”, observa o sommelier.
 
Para os iniciantes, Fagundes orienta que é preciso ter cuidado com queijos fortes e que podem matar o sabor do vinho. Ele alerta que, quanto mais rígida for a textura do queijo, mais tânico deve ser o vinho harmonizado. Em contrapartida, os queijos mais cremosos pedem rótulos com alta acidez.
 
“As pessoas se assustam quando veem a quantidade de queijos disponíveis no mercado. O segredo para a combinação do alimento com vinhos é alinhá-los no sabor, para que complementem e não se sobressaiam durante a mistura”, esclarece.
 
O queijo minas, um dos maiores representantes alimentícios mineiros, pode ser classificado como fresco ou de pasta mole, combinando com vinhos brancos e suaves ou tintos leves, como Chardonnay Matiz – Cave Hermann ou o Pinot Noir Saurus (Argentina).
 
Os queijos azuis, de sabor forte como o gorgonzola, pedem vinhos tintos ou brancos aromáticos. Os queijos com a textura mais dura, como parmesão e grana padano, devem ser combinados com tintos de uva Cabernet Sauvignon.

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