MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

sábado, 30 de maio de 2015

Curta “Itabuna, por quê?” expõe abandono e agonia do rio Cachoeira


O elevado nível de poluição enfrentado pelo rio Cachoeira, em Itabuna, no sul da Bahia, e a indiferença da população local em relação a esse grave crime ambiental são expostos de forma objetiva e contundente em “Itabuna, por quê? – O clamor do Cachoeira, um rio que agoniza”. O curta-metragem foi produzido neste mês de maio pelo jornalista Ederivaldo Benedito, o estudante de Jornalismo Antônio Carlos Júnior e a atriz Eva Lima. “Itabuna, por quê?” é uma produção independente de quatro minutos e quinze segundos. Nele, o Cachoeira moribundo ganha vida e forma humana, é personificado por Eva Lima. A interpretação da atriz, com voz embargada e respiração ofegante, nos faz lembrar o cenário de uma UTI. Com lentos batimentos, o rio agoniza. Entre a vida e a morte, ele lança o seu clamor, sob o olhar indiferente da população itabunense. O roteiro tem uma forte carga poética e melancólica. Elaborado a partir de fragmentos de poemas sobre o Cachoeira – considerado um dos rios mais poluídos do Brasil – de Valdelice Pinheiro, Cyro de Matos e Ederivaldo Benedito, é um retrato cruel vivido pelo rio que corta a principal cidade do sul da Bahia. Mostra o descaso do itabunense que, além de se mata todos os dias, matou também seu principal curso d’água. “Itabuna, por quê?” é um grito de alerta. Mostra o trecho principal do Cachoeira, no centro geográfico e comercial de Itabuna, onde está concentrada grande quantidade de resíduos e dejetos. A trilha sonora do curta é a emocionante composição “Adágio for Stringer”, do músico norte-americano Samuel Barber, interpretada pela Orquestra Sinfônica de Los Angeles e regida pelo maestro Leonard Bernstein.

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