MEDIÇÃO DE TERRA

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segunda-feira, 6 de abril de 2015

Salvador vai passar por obras de infraestrutura nos principais pontos turísticos


O Teatro Gregório de Mattos, palco de eventos marcantes na vida cultural de Salvador, foi inteiramente reformado e será reentregue ao público ainda este mês

por
Albenísio Fonseca
Publicada em TRIBUNA DA BAHIA
O Teatro Gregório de Mattos, palco de eventos marcantes na vida cultural de Salvador, foi inteiramente reformado e será reentregue ao público ainda este mês. A promessa é do presidente da FGM-Fundação Gregório de Mattos, Fernando Guerreiro. O “novo” equipamento cultural deve ganhar uma “dimensão mais musical” e com “tecnologia de ponta no que tange a som e iluminação”, garante.
O Museu da Cidade, também subordinado à FGM, vai sair do Pelourinho, mas ainda não está definido para onde será transferido. É dado como certo, no entanto, que o imóvel, pertencente à Santa Casa de Misericórdia, está sendo negociado junto à Fundação Casa de Jorge Amado. Com isso, a entidade poderá ampliar as instalações do acervo do escritor baiano e ter a possibilidade de passar a dispor de um auditório.
O antigo Hotel Castro Alves e mais dois imóveis, atrás do Espaço Cultural Barroquinha, conforme Guerreiro, estão sendo recuperados através de parceria do Município com o Iphan e passarão a abrigar a administração e a reserva técnica da FGM. “Dois andares serão destinados a ensaios de grupos teatrais e musicais”, afirma. Já o Arquivo Público e Histórico Municipal, que hoje abriga a administração da FGM, juntamente com o novo Museu da Música – um projeto de R$ 40 milhões, obtidos junto ao BID-Banco Interamericano de Desenvolvimento  – ocuparão o “casarão azulejado”, na Praça Cayru.
Devem ser mencionadas, ainda, as conversões dos fortes de São Diogo e Santa Maria, no Porto da Barra, em memoriais ao fotógrafo francês Pierre Verger e ao pintor argentino Carybé, ambos por longos anos radicados na Bahia e responsáveis por extraordinário legado à cultura soteropolitana.
Rua Chile
O imóvel ocupado pelo Arquivo Público Municipal, na Rua Chile, também pertencente à Santa Casa de Misericórdia, já foi vendido ao empresário Antônio Massafera, da Fera Investimentos, que adquiriu e reforma o Palace Hotel. Ele comprou dezenas de imóveis na Rua Chile e promete a inauguração do Palace para o réveillon 2015 e até já acena com um baile de Carnaval, em 2016.
O objetivo de Fera é atrair empresas e lojas de marcas de alto padrão para a Rua Chile. Com isso, cria a expectativa de resgatar o glamour do Centro Antigo da cidade. O Grupo Restoque, dono de marcas como Le Lis Blanc, Bobô, Rosa Chá, John John e Dudalina, pode ser um dos primeiros a se instalar no local. Executivos do grupo andaram pela área no final do ano passado e mostraram interesse no projeto.Enquanto a Rua Chile se lança como novo endereço chique, o sonho de tornar o Santo Antônio Além do Carmo num luxuoso boulevard virou pesadelo. A LCR, que em 2007 adquiriu 36 casarões naquele trecho, adiou o projeto.
Praça Castro Alves 
Após investir cerca de R$ 16 milhões na preparação das obras do hotel, e podendo receber ainda investimento de R$ 60 milhões, a incorporadora Prima Empreendimentos Inovadores parece ter desistido de construir o primeiro hotel da bandeira Fasano no Nordeste. A obra está estagnada. Deveria abrigar um “hotel boutique”. O compromisso era promover a revitalização do prédio erguido nos anos 1930 na Praça Castro Alves, no Centro Histórico de Salvador. De capital espanhol, a Prima comprou o antigo prédio do jornal A Tarde nos anos 2000.
Com 4,4 mil metros quadrados, o edifício em art decó e art nouveau abrigou por mais de quatro décadas a primeira sede do jornal A Tarde e tem a fachada tombada pelo Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). O projeto do arquiteto Isay Weinfeld prevê a conversão do edifício em um luxuoso hotel com 70 quartos, quatro deles master suítes de 33 metros quadrados, e a construção de um andar adicional. O empreendimento acenava trazer a Salvador um restaurante Gero, que ocuparia uma nova varanda a ser erguida em frente ao hotel, aproveitando o pé-direito duplo.
Praça Cayru terá Museu da Música
Além do Museu da Música, a Prefeitura de Salvador vai investir R$ 6,2 milhões - verba obtida junto ao Ministério do Turismo - para revitalizar a Praça Cayru. O projeto, desenvolvido pela FMLF -Fundação Mário Leal Ferreira, prevê várias intervenções, tanto na praça quanto em seu entorno.
De acordo com o projeto, o trânsito será alterado na região. O posto de combustível existente ao lado do Mercado Modelo será retirado daquele local. A via que parte da Avenida da França, no sentido Contorno, será integrada à praça e o tráfego de veículos passará pela frente do mercado, em direção à sede do 2º Distrito Naval.
A intenção é integrar os espaços existentes com a esplanada em frente e à calçada que circunda o mar. A prefeitura informa ainda que  todo o piso será mudado e a característica de esplanada vai possibilitar aos moradores e turistas uma melhor visão do mar, sem que seja necessário ficar atravessando a pista para ter esse acesso.
Está previsto ainda que, durante o dia, a praça receberá feiras de artesanato e confecções, apresentações de capoeira e outros eventos. À noite, o espaço poderá ser utilizado para shows. O tradicional cais, onde aportavam os saveiros, também será recuperado e integrado ao novo equipamento urbano, conforme a prefeitura. Ainda não há previsão para o início das obras.
Campo Grande
A reforma da Concha Acústica, que faz parte da primeira etapa da reforma do Teatro Castro Alves (TCA), no Campo Grande, está bem avançada e com previsão de término para o final de julho. Recentemente o governador Rui Costa esteve visitando os trabalhos que envolvem um edifício-garagem, com capacidade para 300 veículos, um foyer, além de camarotes flexíveis, erguidos do zero.
Conforme o governo, as intervenções, que deram origem ao projeto Novo TCA, retomam e atualizam a ideia de um complexo cultural, concebido na década de 1940 por  Anísio Teixeira. A modernização do TCA amplia as possibilidades de promoção e efervescëncia da cultura baiana.
Fazem parte da segunda etapa do projeto, no complexo do TCA, intervenções como a requalificação da Sala do Coro e os acessos, a construção da Sala Sinfônica e da Sala de Cinema, com 600 e 150 lugares, respectivamente. Sob recursos do Ministério da Cultura e da Secretaria Estadual de Cultura, as obras estão orçadas em R$ 110 milhões.
Segundo o diretor do TCA, Moacir Gramacho, “a expansão da Concha Acústica vai possibilitar oferecer novas linguagens artísticas para a população”. Em especial, ele destacou os espetáculos de circo que passam a ser possíveis graças à inclusão da chamada “passarela técnica”. Para o governador, trata se da “maior intervenção em um equipamento cultural no momento no Brasil”. (AF)

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