A maioria dos pilotos que sofrem de depressão oculta a doença
das companhias e das autoridades aéreas, segundo um estudo divulgado
hoje (5) pelo jornal alemão Bild. O problema veio à tona após a queda do
avião da Germanwings, com 150 pessoas a bordo, no último dia 24, na
região dos Alpes franceses. O copiloto da companhia, Andreas Lubitz, que
teria deliberadamente derrubado avião, que fazia a ligação entre
Barcelona (Espanha) e Dusseldorf (Alemanha), sofria de depressão e,
segundo a investigação em curso, fez buscas na internet sobre métodos de
suicídio na véspera da viagem. Segundo o estudo divulgado pelo Bild, o
caso de Andreas Lubitz não é único entre os pilotos, que procuram
esconder os problemas de saúde dos seus superiores. A análise, do
diretor do Departamento de Medicina da Organização Civil Internacional
da Aviação, Anthony Evans, datada de novembro de 2013, revela a
existência de déficits graves no acompanhamento dos pilotos em matéria
de saúde mental. De acordo com o estudo, cerca de 60% dos pilotos que
sofrem algum tipo de depressão decidem continuar a voar sem comunicar
aos empregadores. Com base na análise de 1.200 casos de pilotos com
depressão, o trabalho de Evans revela que cerca de 15% dos profissionais
optam por tratar-se em segredo com medicamentos que conseguem por seus
próprios meios, e apenas 25% declaram ao empregador que está fazendo
tratamento. POLITICA LIVRE
Agência Brasil
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