Homem de 65 anos tinha diabetes, pneumonia e insuficiência respiratória.
Sem leito na rede pública, ele estava no hospital municipal de Goiatuba, GO.

“A gente tentou de tudo quanto é jeito [a UTI], a gente não desistiu, a esperança era ter conseguido, mas infelizmente essa é a saúde nossa em Goiás”, lamenta Keila.
No dia que o idoso morreu, a vaga foi disponibilizada, mas ele nem chegou a ser transferido. O leito era em um hospital particular de Itumbiara, que tem convênio com a rede pública de saúde e atende a pacientes de 12 municípios da região. A vaga não surgiu antes porque o contrato da unidade de saúde estava suspenso devido à falta de pagamento.
De acordo com o hospital, a unidade recebe R$ 350 mil por mês pelos leitos de UTI, sendo que 75% deste valor é repassado pelo estado. O restante é dividido entre a Secretaria de Saúde de Itumbiara e o governo federal.
Segundo o órgão de Itumbiara, o repasse do estado está atrasado desde agosto de 2014 e a dívida já soma R$ 2 milhões. A secretaria informou ainda que o atendimento foi normalizado depois que a prefeitura pagou ao hospital parte do valor que o estado deveria ter repassado.
A assessoria de comunicação da Secretaria Estadual de Saúde alega que a parceria com o hospital não se trata de um convênio, mas sim de uma modalidade de financiamento de ações de saúde, custeadas com a verba do Fundo Estadual de Saúde. O órgão informou ainda que as transferências não são obrigatórias, pois se trata de uma contribuição.
José Dias Soares, de 65 anos, morreu após três dias à espera por UTI (Foto: Reprodução/ TV Anhanguera)
Nenhum comentário:
Postar um comentário