MEDIÇÃO DE TERRA

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segunda-feira, 6 de abril de 2015

Executivo larga emprego e roda o mundo como um nômade digital


Empreendedor abandonou cargo no mercado corporativo para virar "nômade digital", viajar o mundo e faturar alto

por
Bárbara Libório - iG São Paulo
Publicada em TRIBUNA DA BAHIA
Foto: Arquivo pessoal
Bruno Pinheiro largou carreira corporativa para viajar o mundo e ser empreendedor digital
O publicitário Bruno Pinheiro, de 26 anos, afirma que sonhava em usar terno e gravata no trabalho quando era criança. Mas quando conseguiu o tão sonhado cargo, não pensou duas vezes antes de largar tudo para viajar o mundo e ensinar os outros a se tornarem empreendedores digitais. E ele garante: ganha em um mês o que não ganhava em um ano.
Na primeira vez, Pinheiro abandonou o posto de gerente de marketing da rede Microcamp para passar seis meses estudando inglês na Irlanda. "Eu perdi uma oportunidade de emprego no LinkedIn porque não tinha outra língua. Larguei tudo e fui estudar", conta.
Quando voltou, na gerência de marketing da Abracoach, não conseguiu mais se encontrar. "Começou a me dar vontade de empreender e sair para o mundo. Criei meu blog e comecei a gravar vídeos falando sobre as minhas experiências, logo tinha muitos seguidores e mensagens [hoje, são 30 mil fãs]. Foi aí que decidi largar a carreira corporativa e investir apenas no mundo digital", diz.
Faz oito meses que Pinheiro está viajando o mundo e trabalhando cem por cento online. Ele já visitou países como Paraguai, Argentina, Peru, Espanha e França fazendo consultorias para quem quer empreender no mundo virtual e vendendo cursos sobre o assunto. Quando falou com o iG, estava na Noruega com a mulher e sua filha recém-nascida de dois meses, que o acompanham pelo mundo.
"Minha vida é cem por cento online. Minha mulher, conheci num site de viagens. Meu sócio, conheci por meio de um congresso. Minha filha nasceu em Paris e, agora que ela completou dois meses, voltamos a viajar", conta.
O principal foco do empreendedor é a organização de congressos virtuais. "Procuro pessoas que tenham expertise no mundo off-line e trago essa pessoa para o mundo online. Fizemos um congresso para um cliente que largou tudo e tinha o sonho de empreender online. Faturamos R$ 150 mil em sete dias de venda e ele conseguiu montar um mailing de 40 mil e-mails para vender os produtos de sua empresa online. Qualquer produto que ele venda, ele consegue no mínimo R$ 100 mil", afirma Pinheiro.
O empresário conta que já chegou a faturar R$ 500 mil com a organização desses eventos. O valor é dividido entre ele, que organiza e produz o congresso, e o anfitrião, que é quem contrata o serviço. "Esse mercado está crescendo muito no Brasil. Só no primeiro semestre deste ano, mapeei 150 eventos do tipo acontecendo no País. Já é algo muito forte nos Estados Unidos."
Pinheiro também vende cursos e presta consultoria para quem quer aprender a organizar congressos virtuais. Ele possui quatro cursos formatados, prontos para venda, e cinco que estão em fase de formatação. "O primeiro, decidi fazer em outubro do ano passado, em meio a uma viagem na França. Disparei o e-mail em um dia e, no dia seguinte, já tinha uma turma formada. Faturei R$ 70 mil", conta.
“Os congressos online são uma máquina de gerar autoridade instantânea na internet”, garante. Pinheiro afirma que dá treinamento médicos, professores, jornalistas, decoradores, publicitários, aposentados até dona de casa.
Segundo o empreendedor, o valor dos cursos variam entre R$ 1.000 e R$ 4.000. Já as inscrições para os congressos, de R$ 500 a R$ 1.500.
Além dos cursos formatados, Pinheiro presta serviços de consultoria para empreendedores do setor que pagam a ele uma mensalidade. De 15 em 15 dias, eles têm um encontro online. "Tudo que preciso é de um computador com internet. Chego em um país e a primeira coisa que compro é um modem 3G. Posso trabalhar de onde quiser", diz.
É por isso que ele afirma que não trocaria a vida de "nômade digital" pela carreira corporativa novamente. "Toda semana recebo propostas de trabalho, mas não troco minha liberdade de poder trabalhar com minha filha no colo ou sentada ao meu lado na praia."
Ele afirma que o empreendedorismo digital traz um reconhecimento que nunca teve nas empresas em que trabalhou. "O mundo corporativo tem muita politicagem. Hoje, as pessoas me contratam pelos meus resultados."

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