MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

sexta-feira, 27 de março de 2015

No Acre, amantes de moto gastam até R$ 100 mil para viajar


Motocicletas de média e alta cilindrada variam entre R$ 26 mil e R$ 80 mil.
Além do veículo, acessórios de segurança são muito importantes.

Veriana Ribeiro Do G1 AC
Marcelo Dias com moto VFR 1200 X,  de alta cilindrada, que custa R$ 80 mil. (Foto: Veriana Ribeiro/G1)Marcelo Dias com moto VFR 1200 X, de alta cilindrada, que custa R$ 80 mil. (Foto: Veriana Ribeiro/G1)
Os amantes de motocicletas muitas vezes decidem pegar a estrada e fazer longas viagens. Mas para fazer esse tipo de aventura, os apaixonados gastam até R$ 100 mil na compra de veículos adequados e equipamentos de segurança. O gerente geral do Grupo Star, representante Honda Motos no Acre, Marcelo da Silva Dias, explica que é preciso ter no mínimo uma motocicleta de média a alta cilindrada. De acordo com o grupo, no Acre deve existir em média 1.300 motocicletas de alta cilindrada que podem fazer esse tipo de viagem.
"São motos mais confortáveis, com autonomia de combustível maior, chegando a rodar 350 a 400 km sem precisar parar no posto de gasolina. Uma  motocicleta dessas varia entre R$ 26 mil e R$ 80 mil", afirma.
Um modelo recomendado por ele é a CB 500 X, que recentemente participou da 4ª Expedição Interoceânica que viajou por cinco países da América Latina em 20 dias. "Se não tiver como ir com uma motocicleta nova, é preciso antes da viagem fazer uma revisão e trocar todos os itens de segurança, como pastilhas de freio, pneus e kit de relação", explica.
Além da motocicleta, os equipamentos de segurança são essenciais para este tipo de viagem. O motorista tende a enfrentar climas diversos e, muitas vezes, situações extremas. Para Dias, o ideal é adquirir boas botas, calça, jaqueta, luva e capacete.  O preço de um kit com alta qualidade costuma variar entre R$ 5 e R$ 20 mil. "A segurança que ele te oferece não tem preço. Alguém que cai e machuca um joelho, vai mancar pro resto da vida", adverte o gerente.
Moto CB 500 X, que custa R$ 26 mil, é uma das opções para este tipo de viagem. (Foto: Veriana Ribeiro/G1)Moto CB 500 X, que custa R$ 26 mil, é uma das opções para este tipo de viagem. (Foto: Veriana Ribeiro/G1)

Dias já realizou três viagens longas em cima de uma moto e também dá dicas na hora de programar os roteiros. Para ele, este tipo de viagem é cansativa, por isso é preciso passar por lugares visualmente bonitos. O gerente também acredita que é necessário pesquisar preços de hospedagens, mas o ideal é não fazer reservas. "Você pode ver uma cidade interessante e decidir parar ou ficar mais tempo em um lugar do que o planejado", diz.
Sair da rotina e a liberdade são os principais atrativos que fazem os aventureiros optarem por este tipo de viagem. "A gente se condiciona muito a viver essa vida estressante de trânsito, casamento, trabalho, filho. Com esse tipo de viagem, você consegue ter um tempo com você, que no dia a dia não tem. Fica muito tempo sozinho, pensando na vida e vivendo o presente", explica.
O contato com a natureza também é muito maior em viagens com moto. "Você sente o vento, o sol, o frio, a chuva", afirma o gerente. Por isso, ele aconselha que o motoqueiro faça paradas a cada 200 km de viagem para esticar os músculos, relaxar e conversar com algum companheiro de viagem, caso tenha. "A atenção que conduzir uma motocicleta exige é muito maior que um carro", ressalta.
Dias garante que a experiência é apaixonante e quando as pessoas experimentam não conseguem mais parar. "Poucas pessoas que eu conheço fizeram uma viagem bem planejada e não se encantaram. Meu pai por exemplo, andou de moto a vida inteira, mas começou a viajar depois dos 50. Agora se deixar, ele não trabalha mais, só que viajar assim", brinca.
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Grupo viajou pelo Salar de Uyuni, a maior planície de sal do mundo. (Foto: Marcelo Vigneron / Arquivo Pessoal)Participantes da quarta edição da Expedição Interoceânica. (Foto: Marcelo Vigneron / Arquivo Pessoal)

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