Tenente-coronel foi exonerado do comando do Batalhão de Trânsito.
Comando Geral da PMES afirma ter aberto sindicância.
Em uma carta enviada ao Comando Geral da PMES pelo tenente-coronel Wallace no dia 15 de outubro, o oficial relata ter sido penalizado com a exoneração do cargo de comandante do Batalhão de Trânsito. Como relatado na carta, o tenente-coronel diz ter recebido uma ligação de uma pessoa não identificada, que questionava a legitimidade de uma fiscalização realizada em uma estrada de chão entre Vila Velha e Guarapari. Posteriormente, o então comandante do Batalhão de Trânsito soube que a ligação havia sido feita por um coronel, cuja esposa havia sido parada e multada no local.
A mulher do coronel, segundo o documento, estava sem os documentos pessoais e do veículo, com uma criança no colo ao volante e outras crianças sem cinto, além de estar com o licenciamento do veículo vencido. Na semana seguinte, o coronel teria ligado para Wallace "perguntando o que poderia ser feito com as multas aplicadas ao veículo da mulher". O tenente-coronel, então, diz ter informado que o militar apenas poderia ingressar com recursos para avaliar os autos de infração.
Após negar o benefício, Wallace diz ter sido vítima de perseguição, até o ponto de ter sido exonerado do cargo de comandante do BPTran, em maio, mês em que o outro coronel foi promovido. O militar diz ter confirmado a suspeita no início de outubro, após o cabo responsável pelas multas ter sido transferido para Linhares sem motivo aparente. O cabo, segundo a carta, faz faculdade em Vitória e havia perdido o pai há dois meses quando fora transferido.
O comandante afirmou não poder justificar a promoção do coronel envolvido no caso. "Não posso falar sobre a questão da promoção, porque foi antes do meu comando. A legislação permitiu que ele fosse promovido e eu não posso fazer questionamento ao secretário de segurança da época ou até mesmo ao comandante-geral da época, porque eles tinham as suas convicções", ressaltou.
O coronel garantiu ter aberto uma sindicância para apurar o caso. "Não posso me manifestar se o comportamento foi certo ou errado. É importante que seja aberta a sindicância, seja aberta a apuração. Vamos verificar toda a verdade dos fatos", disse.
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