MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

quarta-feira, 27 de março de 2013

Não acredito em combate à inflação que reduza crescimento, diz Dilma


'Não achamos que a inflação está fora de controle. Pelo contrário, ela está controlada', disse a presidente


Fernando Travaglini e Iuri Dantas, da Agência Estado
DURBAN - A presidente Dilma Rousseff concedeu uma entrevista à imprensa em que afirmou que "não acredita em políticas de combate à inflação que olhem a redução do crescimento econômico". Segundo ela, essa é uma questão "datada". Dilma está na África do Sul em encontro de chefes de Estado dos Brics - grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.

"Esse receituário que quer matar o doente, em vez de curar a doença é complicado. Vou acabar com o crescimento no país? Isso está datado. Isso eu acho que é uma política superada", disse a presidente em entrevista à imprensa brasileira, em Durban, na África do sul.
"Isso não significa que o governo não está atento. Não só estamos atentos, como acompanhamos dioturnamente a questão da inflação. Não achamos que a inflação está fora de controle. Pelo contrário, ela está controlada. O que há são alterações e flutuações conjunturais. Mas nós estaremos sempre atentos."

Antes de iniciar a resposta, a presidente fez a ressalva. "Eu, geralmente, nas questões especificas de inflação, deixo para ser falado pelo ministro da Fazenda, mas vou te adiantar algumas questões".
Em seguida, continuou. "Eu não concordo com políticas de combate à inflação que olhem a redução do crescimento econômico. Até porque temos a contraprova dada pela realidade. Tivemos um baixo crescimento no ano passado e houve um aumento de inflação, porque teve um choque de oferta devido à crise, e um dos fatores é externo. Não tem nada que possamos fazer a não ser expandir a nossa produção para conter o aumento dos preços das commodities derivado da quebra de safra nos Estados Unidos."
Ela então aproveitou para criticar os analistas que pensam diferente. "São sempre as mesmas vozes, você não ouviu isso do governo (que seria preciso reduzir o crescimento para combater a inflação). Não achamos que há essa relação."
Com relação à eventual necessidade de se aumentar a taxa de desemprego para reduzir a inflação, ela disse que o problema do pleno emprego será resolvido com aumento da capacitação. "Você vai resolver, não é reduzindo o crescimento. Nós temos uma demanda grande por emprego mais especializado, de maior qualidade, e temos uma sobra de emprego menos especializados. Estamos fazendo junto com o setor privado, um grande programa de especialização."

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