MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

sábado, 30 de março de 2013

'Não acredito, mas não duvido', diz taxista sobre lenda da loira fantasma


Pesquisadora de lendas conta que o fato ocorreu na década de 70.
Lenda diz que loira solicitava corridas até o cemitério e depois sumia.

Adriana Justi Do G1 PR

Para muitos taxistas de Curitiba ela é sinal de receio e medo, mas para outros não passa de história. O certo é que a lenda da loira fantasma, muito comentada durante as rodas de conversa entre esses profissionais da capital, ainda desperta curiosidade. A pesquisadora de lendas urbanas Luciana Mallon, de 38 anos, explica que os relatos sobre o caso ocorreram na década de 70 e que atualmente existem várias versões sobre o caso.
“Uma delas é que uma loira muito bonita foi estuprada e morta por um taxista da cidade e o corpo foi jogado no cemitério do bairro Abranches. Depois disso, ela se tornou um fantasma e virou uma perseguição na vida dos motoristas de táxi", conta Luciana.
O G1 publica até sexta-feira (29), dia em que Curitiba completa 320 anos, uma série de reportagens sobre lendas urbanas. As histórias possuem várias versões e foram relembradas por pesquisadores.
"Então, ela sempre solicitava corridas de várias localidades da cidade, mas quando chegava no cemitério ela simplesmente sumia. Reza a lenda que, na época, vários taxistas ligavam para programas de rádio para relatar o fato que teriam carregado em seus veículos um fantasma", argumenta a pesquisadora.
Claudenir é taxista há 8 anos e disse que colegas contaram a história no primeiro dia de trabalho (Foto: Adriana Justi / G1)Claudenir é taxista há 8 anos e disse que colegas contaram
a história no 1º dia de trabalho (Foto: Adriana Justi / G1)
"Eu não acredito, mas também não duvido", relata o taxista Claudenir José Chagas, de 40 anos. Ele conta que trabalha na função há oito anos e que soube da história pelos colegas logo no primeiro dia de trabalho.
"O pessoal contava que ela solicitava as corridas no Centro e que o destino final sempre era o cemitério. Quando chegava a hora de pagar, ela simplesmente desaparecia. Eles comentavam o tempo todo sobre isso, eu sei que muitos deles falavam para me assustar, já que eu estava começando na função, mas tinham outros que realmente afirmam com convicção que ela existiu", relata.
Luciana relata que depois do ocorrido, muitas passageiras loiras tiveram dificuldades para conseguir um táxi, principalmente na região do cemitério.
"Eu sei que na época muitos deles [taxistas] contavam que evitavam passar pela região por medo de ter que 'encarar' uma corrida da loira fantasma".
Sempre dou e daria carona para qualquer loira, principalmente se for bonita"
Claudenir Chagas, taxista
O taxista brinca e afirma que espera nunca levar um 'calote' da loira fantasma. "Eu não gosto nem de comentar muito sobre o assunto para não dar azar. Sempre dou e daria carona para qualquer loira, principalmente se for bonita".
Luciana comenta que despertou interesse por causos misteriosos desde os seis anos de idade.  "Minha mãe não gostava de contar histórias como 'Cinderela', Chapeuzinho Vermelho'. Ela gostava de contar causos como a 'Loira Fantasma', a 'Pomba-Gira Manquinha', entre outros". Ela explica ainda que o interesse em estudar as situações é "resgatar a autoestima das pessoas e a cultura popular do lugar".
"Na realidade, creio que sempre por trás de alguma lenda , há um fato histórico real e interessante. Como diz o ditado, eu não acredito em bruxas, mas que elas existem, elas existem", finaliza.

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