Problemas de fertilidade, e não técnicas de fertilização assistida, podem estar relacionados a riscos de problemas no desenvolvimento neural da criança
Estudo sugere que tempo prolongado de tentativas até a concepção pode representar um aumento de 30% do risco da criança apresentar problemas no desenvolvimento neural (Thinkstock)
CONHEÇA A PESQUISAEstudos anteriores já relacionaram tratamentos de fertilidade a um maior risco de parto prematuro e baixo peso ao nascer, mas, de acordo com os autores, as novas evidências indicam que a baixa fertilidade em si (demorar mais de 12 meses para atingir a concepção) pode ser a culpada. Pesquisa — Os autores avaliaram o desenvolvimento neurológico de 209 crianças de dois anos de idade. Todas eram filhas de pais que tiveram problemas para conceber e passaram por tratamentos de fertilidade. Foram analisadas funções motoras, postura, tônus muscular, reflexos e coordenação olho-mão nas crianças. Problemas neurológicos leves foram observados em 16 delas (7,7%) e eram mais comuns naquelas cujos pais demoraram mais para conceber: o tempo médio para esses pais foi de 4,1 anos. Já os pais das crianças que não apresentaram alterações neurológicas demoraram, em média, 2,8 anos. Aumento do risco — De acordo com os autores, um tempo prolongado até atingir a gestação está relacionado com um aumento de 30% na chance de ter uma criança com problemas neurológicos leves. "Isso significa que os fatores associados à baixa fertilidade podem estar relacionados à origem de problemas de desenvolvimento neural", escrevem os autores no estudo. Para eles, mais estudos são necessários antes que esse tipo de informação faça parte do aconselhamento de casais. VEJA.COM |
terça-feira, 26 de março de 2013
Demorar para conseguir engravidar aumenta risco de problemas neurológicos no bebê, diz estudo
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