Escola vai falar sobre mistura de raças e sabores que deram origem ao país.
Macarronada de conduítes e cheiro de feijoada vão tomar conta da Sapucaí.
Maquete do carro da macarronada feita com cinco mil metros de conduíte (Foto: Alba Valéria Mendonça/ G1)
Quando cruzar na Marquês de Sapucaí como oitava escola a se apresentar
pela Série A do Grupo de Acesso, mais do que levantar as arquibancadas, a
Acadêmicos da Rocinha
quer aguçar no público outros sentidos, além da audição e da visão, e
causar outras sensações. A escola quer fisgar plateia e jurados pelo
estômago. E para isso, vai desfilar com um carro alegórico que soltará
cheiro de feijoada na Avenida.Com o enredo que fala da mistura de raças e de sabores que deram origem ao Brasil de hoje, o carnavalesco Luiz Carlos Bruno, quer aproveitar o horário que a escola deve desfilar, por volta das 3h, para despertar aquela fomezinha da madrugada. E assim, deixar o público de queixo caído com o carnaval da Rocinha.
“Carnaval é show de sensações. Vamos despertar todas elas com um desfile bonito, grandioso e de fácil entendimento para brasileiros e turistas. Vamos contar a história da nossa criação de forma leve e divertida”, destacou Bruno.
Carro da macarronada recebe os últimos retoques
no barracão (Foto: Alba Valéria Mendonça/ G1)
Para deixar todo mundo com água na boca, Bruno projetou um carro que
traz uma suculenta macarronada, para representar a influência da
imigração italiana. Mas quase que a receita desanda. O carnavalesco
conta que depois de tudo preparado, não havia no mercado espuma
suficiente para fazer o talharim. Ele conta que não esquentou muito a
cabeça.no barracão (Foto: Alba Valéria Mendonça/ G1)
“Substituí o talharim pelo macarrão cabelinho de anjo. Deixei a espuma de lado e usei cinco mil metros de conduíte flexível amarelo. De dentro dele, pessoas vestidas de almôndega vão dar um molho especial ao carro. Os destaques vão desfilar literalmente em cima de queijos parmesão”, detalha Bruno.
O desfile que começa com a chegada de portugueses e africanos na terra dos índios, vai fazer uma caravela aportar na Avenida trazendo um suculento leitão. Segue lembrando as influências orientais, germânicas e árabes. Ainda destaca o fast food americano recheado de hambúrgueres e batatas fritas.
E no carnaval da Rocinha, tudo isso termina num grande caldeirão numa feijoada com todos os acompanhamentos a que tem direito. Inclusive com aquele cheirinho delicioso, que o carnavalesco garante que vai fazer todo mundo lembrar os lautos almoços de família, onde a festa acontece em torno da mesa da cozinha ou da sala de jantar.
Definitivamente, a Rocinha quer deixar no ar um gostinho de quero mais e assim, conquistar o primeiro título da recém-criada Série A. Bruno garante que não faltam aos componentes fome de títulos e apetite para retornar ao Grupo Especial.
Maquetes ajudam artesãos na confecção dos carros alegóricos da Rocinha (Foto: Alba Valéria Mendonça/ G1)
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