Apesar do Supremo Tribunal de Justiça já estar pronto para realizar a cerimônia de posse do novo mandato, presidente da Assembleia diz que 'não há pressa'
Simpatizantes do presidente Hugo Chávez durante manifestação, em Caracas
(Jorge Silva/Reuters)
Reeleito em outubro, Chávez deveria ter tomado posse em 10 de janeiro, como previsto na Constituição, mas não o fez, uma vez que estava internado em Cuba, onde foi submetido a uma cirurgia para combater um câncer. Alinhados com o chavismo, o Legislativo e o Judiciário rechaçaram os pedidos da oposição para que fosse declarada a ausência do mandatário e concederam ao caudilho o "tempo necessário" para fazer o juramento para o mandato que vai até 2019.
Com o retorno de Chávez a Caracas há uma semana, no entanto, a cobrança pela realização da posse aumentou. Dias após o regresso do presidente, um grupo de advogados foi ao STJ solicitar "urgência" no juramento para o mandato que vai até 2019 -- exigência repetida pela oposição venezuelana, que questionou o discurso do governo de que Chávez está em plenas condições de governar o país. Na semana passada, o próprio STJ se adiantou e disse estar pronto para realizar a cerimônia de juramento "a qualquer momento".
Sem pressa - Os aliados de Chávez, porém, dão sinais de que a aguardada posse pode não acontecer tão cedo. "Não temos pressa", declarou Cabello. "Porque o presidente está no exercício do cargo e se recupera de uma doença." O governo sustenta que, apesar da gravidade de sua situação, Chávez acompanha, de seu leito, as questões administrativas do país. Na última sexta-feira, o vice Nicolas Maduro afirmou que se reuniu por cinco horas com o coronel no Hospital Militar de Caracas. "Isto significa que o presidente está totalmente recuperado? Não. Mas ele está realizando os trabalhos do governo, está governando", defendeu Cabello.
(Com agência France-Presse)
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