Fiscalização encontrou diversas irregularidades nos PSFs do município.
Hospital da cidade também está em situação precária, diz CRM.
Garrafa de refrigerante era usada para o descarte
de seringas, agulhas e material perfuro cortante
(Foto: Divulgação CRM/PB)
Uma unidade do Programa Saúde da Família localizada no município de
Sapé, que fica a 55 km da capital paraibana João Pessoa, foi interditada
pelo Conselho Regional de Medicina da Paraíba (CRM-PB).de seringas, agulhas e material perfuro cortante
(Foto: Divulgação CRM/PB)
A fiscalização aconteceu nesta terça-feira (4) e encontrou diversas irregularidades, como falta de médicos, medicamentos e estrutura física precária. De acordo com a entidade, os médicos estariam sem receber salários há mais de dois meses, e por serem prestadores de serviço, só voltarão a atender quando a situação for regularizada.
A Promotoria de Justiça da cidade de Sapé solicitou a fiscalização, que encontrou médicos atendendo em apenas quatro unidades do PSF naquele município, que tem 19 postos para atender à população. Além dos problemas encontrados nos postos do PSF, também foram encontradas irregularidades no Hospital Sá Andrade.
Eurípedes Mendonça, disse ainda que a situação dos serviços de saúde em Sapé é preocupante e alertou sobre a gravidade da falta de médicos atendendo nos postos e no hospital. “Dos quatro que têm profissionais, um ainda está sem médico porque ele está de licença médica. O que apuramos é que os médicos estão há dois meses sem receber pagamento e como são prestadores de serviço só voltaram às unidades quando a situação for regularizada,” afirmou.
Com relação ao Hospital Sá Andrade, o conselheiro disse que a unidade passa pelos mesmos problemas, não há médicos atendendo devido a atrasos no pagamento dos salários. “A situação é bastante crítica. O hospital está sem médicos pelo mesmo motivo do atraso de pagamentos. Os PSFs que ainda contam com médicos estão sobrecarregados, sem medicamentos, sem copos descartáveis, sem esterilização segura, sem transporte adequado para o lixo. A situação da saúde em Sapé é gravíssima” destacou.
A reportagem do G1 tentou falar com a Prefeitura Municipal de Sapé e também com a Secretaria de Saúde do Município, mas as ligações não foram atendidas.
Estante
da farmácia estava sem medicamentos, que eram acondicionados de forma
inadequada em garrafas de refrigerante (Foto: Divulgação CRM/PB)
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