Em Cacoal há três ninhos da ave que está em extinção.
Objetivo é acompanhar a vida e o desenvolvimento do animal.
Em
Cacoal há três ninhos da ave que está em extinção, este filhote de
cinco meses pesa quatro quilos (Foto: Olivier Jaudoin PCGR/Divulgação)
Ninhos de Gavião-real estão sendo monitorados em Cacoal (RO). Um grupo
de biólogos do Amazonas e de Rondônia acompanha o dia a dia das aves,
que estão ameaçadas de extinção, segundo o Instituto Brasileiro do Meio
Ambiente e Recursos Renováveis (Ibama). O objetivo é colocar micro-chip
de monitoramento. Desde 2008 os ninhos encontrados em Cacoal são
monitorados pelo Programa de Conservação do Gavião–real do Instituto
Nacional de Pesquisa da Amazônia (Inpa).Um filhote fêmea de Gavião-real de cinco meses que pesa quatro quilos e novecentos gramas recebeu duas anilhas e um micro-chip no dorso. A pequena ave será acompanhada de longe pelos biólogos.
Mas o objetivo é capturar o Gavião-real adulto até esta sexta-feira (7), para isso foram colocadas armadilhas de laços na castanheira onde está o ninho.
Para a captura do adulto, o escalador ficará no alto da castanheira e será orientado pelos biólogos que estarão de longe acompanhando por luneta e avisarão através de rádio transmissor o momento certo para o escalador ativar a armadilha.
Segundo a bióloga Helena Aguiar, do Inpa, o Gavião-real macho adulto pesa 4,5 a 5,5 quilos, já a fêmea é maior que macho e chega a pesar de 6 a 8 quilos. “A ponta de uma asa a outra chega até dois metros”, destaca Helena.
Helena explica que o filhote de Gavião-real demora dois anos e meio para abandonar o ninho, nesse período os pais continuam trazendo alimentação e o filhote só voa no entorno do ninho. Só após esse período é que os pais são liberados para reproduzirem. Portanto, a reprodução da ave é feita a cada três anos.
Acompanhamento
Em Cacoal, segundo os biólogos, existem três ninhos – sendo dois na área rural e um na Terra Indígena Sete de setembro.
Descobridor do primeiro ninho em Cacoal, Almério Câmara Gusmão afirma que após essa captura, os trabalhos não param. “É necessário continuação do monitoramento, para acompanhar as atividades dentro do ninho, desenvolvimento e os cuidados dos pais com o filhote”, explica. Esse acompanhamento posterior será realizado a cada 15 dias com binóculos e máquinas fotográficas.
Bióloga Helena Aguiar acompanha ninho de Gavião-real, em Cacoal (Foto: Magda Oliveira/G1)
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