Simone e Cláudio compraram apartamento em setembro de 2011, na Serra.
Construtora responsável diz que imóvel será entregue em janeiro de 2013.
"Não temos para onde ir. Casamos agora no dia 15 e depois vamos parar e pensar 'pra onde vamos agora?'", disse Simone. O noivo, Cláudio, explicou que já pensa na possibilidade de passarem um tempo na casa dos pais. "Já devemos ter desembolsado uns R$ 17 mil, pagamos todas as prestações. Como diz o ditado, 'quem casa quer casa', mas ainda não temos a nossa. A gente vai ter que morar de favor na casa dos pais", disse.
O caso da pedagoga Christiani Maria Vieira é semelhante. Ela comprou um apartamento em junho, em um condomínio no município de Cariacica, na região Metropolitana, e a promessa da construtora era de que o imóvel fosse entregue até setembro de 2012, mas a pedagoga ainda não pôde se mudar.
"Eu não tenho as chaves do meu apartamento. Precisei mudar de uma locação para outra locação, estou em uma situação muito difícil. É um descontentamento muito grande, principalmente de atendimento, porque ninguém dá retorno", contou.
Para tentar resolver o caso, Christiani contratou um advogado para cuidar do assunto, inclusive com relação ao condomínio do prédio, que é cobrado todos os meses. "Desde que veio o primeiro boleto, em outubro do ano passado, eu estou pagando. São R$ 200 de condomínio, além do financiamento. A empresa fala que consta no contrato que eu tenho que pagar o condomínio a partir do momento que eu assinei, mesmo sem estar morando lá", disse.
A primeira audiência de conciliação foi ocorreu em novembro deste ano, mas nada foi resolvido. "Simplesmente a empresa não apresenta nenhuma proposta de acordo. Ela diz que desconhece o caso e que não tem nenhuma proposta a fazer. Isso é um absurdo", disse o advogado Valdenir Rodrigues, que é especialista em direito imobiliário.
Sobre a situação da pedagoga, a construtora PDG, responsável por entregar o imóvel à cliente, informou que a documentação do apartamento ainda não foi liberada porque o cartório escolhido por ela não aceitou a minuta padrão da empresa. Ainda de acordo com a construtora, esta é a única pendência para a entrega das chaves à Christiani.
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