Jardim paleobotânico conta com cerca de 36 mil metros quadrados.
“Pela dimensão, esse local é uma raridade”, garante geógrafo da UFRGS.
Árvores fossilizadas formam jardim de pedra em Mata (Foto: Maria Maurente/RBS TV)
Conhecido como “a cidade de pedra que foi madeira”, o local se destaca
pela quantidade de árvores fossilizadas. “Pela dimensão, esse local é
uma raridade”, garante Roberto Verdum, geógrafo e professor da
Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). As estruturas eram
todas de madeira há cerca de 200 milhões de anos.Zelador e responsável por cuidar da preservação do material no jardim, Auri Maier Carvalho conta que é recente a conscientização da importância do local. “Descobrimos a existência disso tudo na década de 70, só depois começamos a conservar de fato. Faltava conhecimento, chegamos a quebrar um grande tronco em vários pedaços para transportá-lo sem saber que era um fóssil de milhares de anos”, conta.
Escultura de um dinossauro recebe os visitantes
em Mata (Foto: Maria Maurente/RBS TV)
Hoje, Auri se dedica a preservar o jardim e a transmitir aos visitantes
o que aprendeu em 31 anos trabalhando no local. Embora não saiba ler,
explica com facilidade os detalhes da formação dos fósseis. “Elementos
minerais substituíram gradativamente os elementos orgânicos da planta ao
longo de milhares de anos, assim elas viraram pedra”, esclarece.em Mata (Foto: Maria Maurente/RBS TV)
O professor Roberto Verdum complementa a explicação. Segundo ele, os fósseis aparecem com frequência na borda da bacia do rio Paraná por ser um local favorável. “Eles foram soterrados por sedimentos fluvio-lacustres”, comenta.
Além do jardim, Mata tem ainda o Museu Municipal Pe. Daniel Cargnin, que abriga 2.500 peças fósseis animais e vegetais. O acervo conta com peças de até 300 milhões de anos.
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