MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Teste revela que frangos congelados têm mais gelo que o permitido


Os frangos das marcas Ad'oro e Rica tinham nível de água superior ao permitido por lei. O prejuízo do consumidor chega a R$ 2 por frango. 

BOM DIA BRASIL

Um teste de qualidade feito no Rio revela: tem mais gelo que o permitido no frango à venda nos supermercados.
Todas foram aprovadas no primeiro teste: não havia substâncias químicas na carne, ou seja, resíduos de antibióticos ou drogas veterinárias. Mas quando o laboratório mediu a quantidade de água nos frangos congelados, descobriu-se que alguns produtos não valem quanto pesam.
Passaram no teste os frangos Sadia, Perdigão, Bonasa e Paulista. Foram reprovadas as marcas Ad’oro e Rica. Por lei, o nível máximo de água, por frango congelado, é de 6%. A ad’oro registrou 7,6%, e o frango Rica, 20,6%, mais de três vezes o limite permitido.
Neste caso, para cada dois quilos de carne pesados na balança, aproximadamente 400 gramas são, na verdade, água congelada. O prejuízo para o consumidor é de R$ 2 por frango.
“Você se sente enganado como consumidor, já que você acredita na informação que é fornecida na embalagem”, afirma Marcelo da Cruz, médico.
“A gente leva gato por lebre”, diz uma senhora.
“Como é que a gente vai saber se tem 10%,15%, 6% de água? Como é que a gente vai saber?”, questiona Mirian Freire, comerciária.
A pesquisadora responsável pelos testes diz que não há como o consumidor se proteger deste tipo de fraude. “Ele pode procurar diretamente a empresa e fazer a reclamação através do serviço de atendimento ao consumidor, pode procurar o supermercado e ainda pode procurar a Vigilância Sanitária Municipal para fazer esta denúncia. E eles vão investigar”, afirma Manuela Dias, nutricionista e pesquisadora da Proteste.
Ela lembrou que a empresa Rica, flagrada com a maior quantidade de água na carne congelada, é reincidente. “Já foi feita a análise, fizemos a denúncia e agora, depois de três anos, os mesmos resultados”, ressalta a pesquisadora.
Em nota, a Rica informou que não pode se manifestar sobre o assunto porque não foi convidada a participar da contraprova da análise e que falhas podem acontecer no processo produtivo, mas isso, segundo a empresa, não caracteriza má fé. E que vai tomar providências para evitar que as irregularidades, se confirmadas, não se repitam.
E a fabricante Ad’oro declarou, por e-mail, que nada foi constatado de anormal no processo produtivo. A empresa também cita o interesse em participar de uma contraprova.

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