Produtores de leite trabalham com dificuldade na Zona da Mata do estado.
Foram dois meses de altas temperaturas e poucas chuva.
Dois meses de altas temperaturas e poucas chuvas alteraram a paisagem da região de Lima Duarte, em Minas Gerais. Na propriedade do produtor de leite Sebastião Alves, que cria 17 cabeças de gado, a produção diária, de 230 litros, não passa de 130 litros de leite.
Quando a alimentação do rebanho fica prejudicada a alternativa é utilizar ração e outros insumos. Mas isso implica em um custo maior para o produtor. O preço da soja, que é a base da ração, dobrou nos últimos meses.
O criador optou pela cevada e pelo fubá, por serem mais baratos. O custo de produção por litro de leite é de R$ 0,60. O criador recebe cerca de R$ 0,80 pelo litro. A diferença é considerada como uma boa margem de lucro. O produtor aponta que o problema nesse momento é a queda na receita por causa da diminuição de produção de leite das vacas. A redução de volume provocou queda de 40% na renda mensal da família.
No laticínio em Lima Duarte, o volume, que antes passava dos 60 mil litros por dia, não chega a 35 mil.
O preço médio do litro de leite tipo C recebido pelos produtores registrou alta em outubro. Relatório divulgado pelo Centro de Estudos Avançados da USP (CEPEA) aponta que essa valorização ocorreu por causa da estiagem prolongada e do custo elevado de produção. Na média nacional, o produtor recebeu R$ 0,88. Houve aumento de 1,3% em relação a setembro.
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