Regina Bochicchio e Patrícia França A TARDE
Para Neto, o governo de Paes "é um bom modelo de administração, de referência" e que a consultoria definirá, em conjunto com as equipes de transição, "o melhor formato para o nosso governo". Ele informou que vai se encontrar com o governador Jaques Wagner (PT) na próxima semana, sem data definida. As declarações foram dadas no Palácio Thomé de Souza, antes de se reunir com o prefeito João Henrique (PP) para tratar da transição.
"A minha primeira preocupação é definir o melhor modelo de governo para Salvador e em ajustar esse modelo ao que a prefeitura tem de previsão de arrecadação para o ano que vem", disse Neto. O orçamento previsto para Salvador em 2013 é de pouco mais de R$ 4 bilhões.
Capital privado - O modelo de PPP adotado pelo governo Paes no Rio tem como carro-chefe o projeto de revitalização da área portuária, conhecido como Porto Maravilha que prevê investimentos de R$ 8 bilhões. É uma Operação Urbana Consorciada, onde o município cobra contrapartida dos investidores que pretendam utilizar o potencial construtivo adicional da região. Com o recurso arrecadado são realizadas obras e serviços de requalificação urbana.
É com a iniciativa privada, que o prefeito reeleito do Rio também está investindo no Parque Olímpico R$ 1,5 bilhão. Até 2016 serão R$ 43,3 bilhões em investimentos, sendo que 35% em parceria com o governo federal e iniciativa privada, em projetos que envolvem novas concessões de linhas de ônibus, a organização do transporte clandestino, a construção de quatro vias para BRT (ônibus articulados) e a reurbanização das favelas.
Reforma - ACM Neto disse, ainda, que para implantar o novo modelo de gestão em Salvador é preciso, antes, tomar medidas "austeras", logo no início da gestão, economizando nos setores onde for possível. Além de uma reforma administrativa, fará revisão de contratos e cortará cargos de confiança e custos com automóveis, água e energia.
Já o prefeito João Henrique, que negou que as contas da prefeitura estejam comprometidas com dívidas a fornecedores, afirmou que deixará a capital "como manda a Lei de Responsabilidade Fiscal: dívida zero e sem restos a pagar". Ele aproveitou a oportunidade para alfinetar o PT, que teve João como alvo durante a campanha, e dizer que ficou "feliz de o vitorioso ter sido o Neto, porque com ele tenho uma relação muito boa. Ele tem uma postura firme, mas respeitosa".
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