MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

terça-feira, 13 de novembro de 2012

No Recife, 60% dos pacientes largam tratamento contra crack, diz pesquisa


Foram analisados 1.957 prontuários dos seis Capes da capital por 6 meses.
Álcool e cigarro são os que mais levam pessoas a procurar atendimento.

Do G1 PE
Álcool e cigarro são as drogas que mais levaram pacientes a procurar os Centros de Atenção Psicossocial – Álcool e Outras Drogas (Capes - AD) no Recife. A maioria dos pacientes – 78% – é do sexo masculino e a maioria dos que procuram ajuda abandonam o tratamento. Estes são alguns dos resultados da pesquisa divulgada nesta terça-feira (13) por alunos e professores das universidades Federal (UFPE) e estadual (UPE) de Pernambuco.
O estudo se chama "Entre pedras e tiros: perfil dos usuários, estratégias de sobrevivência e impacto social do uso do crack". Os pesquisadores da UFPE fazem parte do Grupo de Estudos de Álcool e Outras Drogas (Gead), ligado ao Departamento de Serviço Social da universidade. Eles analisaram todos os 1.957 prontuários dos seis Capes de julho de 2010 a julho 2011.
Os dados revelam que 70% dos dependentes apresentam problemas com bebida alcoólica. “Como droga lícita, incentivada, é preciso que a gente repense a forma como entra na vida dos jovens e da sociedade em geral”, diz a professora Roberta Uchoa, coordenadora do Gead e da pesquisa. Na maioria das vezes, o álcool está associado a outra droga: 43% dos que bebem, fumam maconha e 42% usam crack, uma mistura perigosa. Além disso, 86% dos pacientes apresentaram transtorno mental e comportamental depois do envolvimento com as drogas. Foram colhidos dados de seis Capes da capital pernambucana.
Entre os dependentes de crack atendidos pelos, 78% são homens. Dos internos, 35% procuraram ajuda por conta própria, 18% foram levados pela família e amigos e o restante foi encaminhado por hospitais, justiça ou polícia – 60% abandonaram o tratamento.
Roberta Uchoa acredita que esse perfil inédito dos usuários vai servir de parâmetro para o aprimoramento de políticas públicas. “A saúde vai estar lidando cm a prevenção e o tratamento, mas a gente precisa ter políticas de restrição de acessibilidade. Ou seja, restringir propaganda, fazer com que o preço das substâncias psicoativas seja sempre mais alto”, comenta.

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