Programa trabalha a questão das florestas a partir da educação.
Comunidades saberão a importância de preservar para as gerações futuras.
Integrantes de programa participaram de talk show no lançamento em Belém (Foto: Thais Rezende/G1)
O projeto tem o objetivo de despertar vocações para carreiras ligadas
ao manejo florestal e oferecer recursos pedagógicos para professores e
técnicos da extensão rural da Amazônia, promovendo um espaço maior de
interatividade no campo. No lançamento, foi apresentado um vídeo
apresentando o "Florestabilidade" e realizado um talk show com os
integrantes do programa e a participação do ator global Sérgio Marone.
Professora e os filhos esperam melhorias na cidade.
(Foto: Thais Rezende/G1)
Alunos da rede pública estavam presentes no evento. A professora Zélia
Borges Freitas veio de Marabá para participar do evento. A educadora,
que trouxe os dois filhos pequenos para participar do lançamento, espera
que o projeto seja uma solução para o problema que atinge sua cidade.
“Nós temos uma preocupação muito grande. Nossa cidade tem muito lixo na
margem dos rios, necessita de um trabalho de preservação”, conta a
docente. O filho, Noé Luiz, de 10 anos, também sabe a importância de
estar ali: “para que o futuro seja melhor”, disse o garoto.(Foto: Thais Rezende/G1)
A estudante Tainá Vilhena, de 10 anos, está na expectativa pelos conhecimentos que serão passados aos alunos das escolas públicas. “A gente vai aprender mais sobre as nossa floresta amazônica, sobre o nosso açaí. Muitas coisas do nosso dia a dia estão ligadas a Amazônia”, avalia a aluna.
Entre janeiro e março de 2013, serão formados mil professores vinculados à Secretaria de Estado de Educação do Pará. “É importante contribuir com a consciência ambiental desde cedo e a escola é o veículo. Por outro lado, a escola tem que procurar ações e estratégias para os alunos aprenderem algo concreto. O professor é o grande instrumento”, afirma o secretário de educação do estado, Cláudio Cavalcanti.
Autoridades participaram da cerimônia de lançamento. (Foto: Thais Rezende/G1)
O maior parceiro do projeto é a Empresa de Assistência Técnica e
Extensão Rural do Estado (Emater). Cerca de 600 técnicos estarão
envolvidos no projeto, contribuindo com os docentes em uma troca de
experiências. O plano de manejo possibilita explorar a floresta sem
devastá-la, o importante é manter a floresta em pé.O engenheiro agrônomo Paulo Lobato, técnico da Emater, explica que a primeira etapa do projeto vai acontecer na região oeste do estado, abrangendo os municípios de Santarém, Itaituba e Altamira, onde se concentram as florestas nacionais e as maiores áreas de reserva florestal onde a Emater já possui alguns trabalhos voltados para manejo comunitário. “O projeto vai trabalhar a capacitação de técnicos e professores que vão trabalhar com o tema junto a agricultores e alunos. O material usado na capacitação e usado com os agricultores e alunos é o mesmo, não há diferença”, explica o agrônomo.
Segundo Paulo Lobato, na primeira etapa, que inicia ainda em novembro, serão realizadas palestras técnicas e visita em campo, além de ser implantada nas escolas e no campo a metodologia do projeto. “A ideia é levar a necessidade de estar remanejando áreas de floresta, no sentido de trazer renda para as famílias e preservar para as gerações futuras. Esse manejo não é só para a madeira, tem os produtos não madeireiros como semente, folhas, cipós, que podem ser trabalhados no manejo florestal”, afirma técnico.
Projeto é uma troca de conhecimentos entre empresários e seringueiros. (Foto: Reprodução)
“É um trabalho a longo prazo, essa primeira meta é capacitar. Daí em
diante trabalhar as expectativas, estar levando as informações a campo
para colocar em prática a metodologia. Vamos trabalhar a organização das
comunidades com vista no manejo, despertar nas crianças, dentro de
sala, o sentido da preservação”, conta ainda Paulo Lobato.Durante oficinas, professores e extensionistas do estado vão simular a aplicação do conteúdo em escolas e comunidades. O projeto também chegará às escolas do Amazonas, Acre e Amapá.
Os recursos pedagógicos incluem 15 programas de televisão, 15 programas de rádio, dois livros para os mediadores (com conteúdo sobre manejo florestal e sugestões de planos de aula), o jogo Florestabilidade e um website interativo, que vai conectar os participantes do projeto com oportunidades de estudos e de trabalho em manejo florestal.
lado do apresentrador Sérgio Marone.
(Foto: Thais Rezende/G1)
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