Dia de Finados movimenta comércio de flores em cemitério de Manaus

Arranjos de flores são confeccionados na hora, segundo florista de Manaus.
Comerciante diz que começou negócio há 15 anos, após morte do irmão.

Tiago Melo Do G1 AM

Dona Marlenice e suas flores multicoloridas chamam a atenção dos clientes (Foto: Tiago Melo/G1 AM)

Dias dos finados, data triste para uns e de alegria para outros que, como Marlenice Melo de 50 anos, fazem da data uma oportunidade de renda extra. "Comecei vendendo flores com minha mãe há mais de 15 anos", contou a florista, que possui uma tenda das mais variadas flores em frente ao Cemitério São João Batista na Rua Maceió, localizado no Bairro Adrianópolis, Zona Centro-Sul de Manaus.

"Minha mãe teve a ideia quando meu irmão morreu. Começamos vendendo no Cemitério Tarumã, local onde ele foi enterrado, mas aí, como ficava muito longe, decidimos mudar o ponto", disse dona Marlenice, que atualmente tem ponto de vendas nos cemitérios São João Batista, no Boulevard, e Santa Helena, São Raimundo.

Para diferenciar dos demais, a florista decidiu optar por cores diversas. "Muitos só vendem flores amarelas e brancas. Decidi fazer diferente. Trouxe arranjos azuis, vermelhos, rosas, bem coloridos". A florista conta também com arranjos em forma de crucifixo, coração e guirlandas. "Todos são feitos na hora", segundo Marlenice.

Arranjos florais são confeccionados na hora, segundo florista (Foto: Tiago Melo/G1 AM)

De vários preços e tamanhos, os arranjos podem chegar até R$ 40. "Uma guirlanda grande de flores artificiais custa 40 reais, seis rosas custam 30 reais e um arranjo grande de monsenhores e crisântemos custam 30 reais", explicou a proprietária da barraca, que devido às exigências do mercado, passou a aceitar cartão de crédito. Segundo ela, os pedidos são feitos com até dois meses de antecedência. "Para as artificiais encomendo-as dois meses antes, já as naturais compro no máximo três dias antes".
Segundo a florista, as datas que mais vendem são Dia dos Pais, Dias das Mães e Dia dos Finados. "Não posso contar quanto eu ganho, mas dá pra pagar os funcionários e ainda lucrar um pouco", afirmou. Para Marlenice o importante é não esquecer o objetivo da data. "Apesar de estar aqui vendendo as flores, não me permito esquecer que as flores são somente uma forma de homenagear a pessoa amada que já se foi".

Vendedora oferece flores de diversos estilos (Foto: Tiago Melo/ G1 AM)