MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Renda agropecuária em Mato Grosso é revisada para R$ 33,9 bilhões


Volume resulta da soma de todas as riquezas produzidas no campo.
Imea divulgou 2ª estimativa anual para o Valor Bruto de Produção.

Leandro J. Nascimento Do G1 MT

Campo de soja após colheita, em Sorriso (Foto: Leandro J. Nascimento/G1)Rendimento com agricultura pode crescer 23,5%
(Foto: Leandro J. Nascimento/G1)
O produtor rural comemora o cenário vivido pela agricultura em Mato Grosso que, em termos produtivos, nunca na história do estado - que hoje detém o título de principal produtor brasileiro de grãos - viram-se números tão otimistas. Como destacam os analistas de mercado, 'o campo está bombando'.
Em 2012, quem também aproveita a boa fase e vai pegar uma carona nesta onda positiva é a renda agropecuária. Se as projeções feitas por especialistas se concretizarem, poderá crescer 19,5% até o final de dezembro e bater a casa de R$ 33,9 bilhões.
Daniel Latorraca, gestor do Instituto Matogrossense de Economia Agropecuária (Imea), vinculado ao setor produtivo estadual, diz que a estimativa é considerada a maior já presenciada dentro da unidade federada. "É histórico sem dúvida, e resultado de um cenário positivo", afirmou o economista nesta sexta-feira (3), após ser apresentada a segunda estimativa anual para o Valor Bruto da Produção (VBP) em 2012.
Em maio, quando lançou sua primeira projeção o Imea previa ganhos na ordem de R$ 31 bilhões. Mas diante de um novo cenário, o número foi revisado em 6,5% entre maio e agosto. Daniel Latorraca destaca que o VBP sofreu atualização influenciado especialmente pela elevação no preço das commodities e também a produção de grãos.
"Os valores foram atualizados incorporando as oscilações verificadas entre maio e agosto", considerou Daniel Latorraca.
Caso se confirme, devem circular na economia do estado R$ 5,5 bilhões a mais que em 2011. Para o diretor-executivo da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado (Famato), Seneri Paludo, isso vai impactar de forma direta e indireta em diferentes setores da economia.

"É mais dinheiro circulando no estado, na economia regional", frisou o executivo. Juntas, culturas como a soja, algodão, milho, cana-de-açúcar, arroz e os produtos florestais (madeira, tora in natura e lascas) podem faturar R$ 25,5 bilhões, número 23,5% acima do rendimento bruto de 2011, quando foram R$ 20,7 bilhões.
De acordo com o Imea, quatro das seis atividades vão contabilizar ganhos maiores frente aos de 2011: soja (23,9%), milho (101%), cana (7,5%) e produtos florestais (13,2%). Enquanto isso, algodão deve perder 6,4% em renda perante o último ano. O arroz deve apresentar desempenho 35,4% menor, indicou o Imea.
A soja, milho, algodão e bovinocultura representam 91% do Valor Bruto de Produção matogrossense. Na cadeia de carnes (boi, aves, leite e suínos) o Instituto Matogrossense projeta ganhos na ordem de R$ 8,3 bilhões ou 19,5% a mais sobre os R$ 7,6 bilhões passados.
A bola da vez
Com o maior crescimento em termos percentuais, o Valor Bruto de Produção para o milho em 2012 pode bater a barreira de R$ 4,5 bilhões, volume 101% ante os R$ 2,2 bilhões de 2011. Resultado já esperado, mas que também surpreendeu os próprios analistas de mercado.
Mas o que já é considerado o destaque do ano pode ainda ganhar mais notoriedade, uma vez que ainda restam 30% da safra 2011/12 para serem negociados. Até o mês de julho, 70% de 14,23 milhões de toneladas tinham sido comprometidos.
"O crescimento do rendimento do milho já era esperado, mas não significativamente uma vez que nem tudo está comercializado. Em variação percentual o milho foi o destaque", lembra Gemelli Lyra, analista de conjuntura econômica do Imea.
Produção em alta, preço e demanda pelo produto vão continuar refletindo no desempenho desta cultura que perdeu o status de safrinha e passou a ser tratada como uma verdadeira supersafra. No campo, a produtividade do cereal já está acima do estimado pelo Imea. De 84 sacas por hectare chegou a 100 sacas por hectare.

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