MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

domingo, 19 de agosto de 2012

Prejuízos com a proibição de uso de defensivos por via área são adiados


Produtores de soja estimavam perdas de até R$ 5,92 bilhões.
Governo liberou aplicações por um ano.

Vívian Lessa Do G1 MT

A estimativa de perdas de R$ 5,92 bilhões com a proibição do uso de quatro moléculas de inseticidas nas lavouras de soja em Mato Grosso foi prorrogada por um ano. O governo federal, por meio do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), voltou atrás de uma decisão e autorizou a pulverização de inseticidas com princípios a base de Imidacloprido, Tiametoxam, Clotianidina e Fipronil. A medida, que durou um mês e tinha como argumento de que os ativos aplicados por via aérea dizimavam as abelhas, será reavaliada após o término da safra 12/13.
O presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja), Carlos Fávaro, afirma que as aplicações aéreas são fundamentais para a agricultura. "Não vamos ter prejuízo nesta safra e isto é bom. Mas vamos continuar lutando para mostrar, por meio de pesquisas, que não existem danos aos insetos", explicou.
Se às restrições para aplicação aérea fossem mantidas, o setor estimava prejuízos de 4,2 milhões de toneladas de soja na safra 2012/13. Em valores, essa perda representaria algo em torno de R$ 5,92 bilhões. Entretanto, se for considerada a agregação de valor nas cadeias conexas (esmagamento, produção de rações, produção de biodiesel, gado confinado, suínos, aves, produção de alimentos para consumo humano), este valor poderia sofrer acréscimo próximo a 100%, nas perdas do conjunto das cadeias.
 "As consequências seriam sentidas por todos. Com a diminuição nas exportações de soja teríamos um saldo menor da balança comercial do país, redução dos empregos gerados na agricultura e menos dinheiro circulando na economia das cidades. Os preços dos alimentos tenderiam a subir, pois o grão é o principal produto para alimentação de animais de corte, tais como aves, suínos, e para a fabricação do óleo de soja", destacou o presidente da Aprosoja/MT.

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