Desidratadores de alimentos, monjolo e roda d'água são outros inventos.
Sítio do argentino, em Venda Nova, recebe visitantes de todo o Brasil.
"Queria aproveitar tudo aquilo oferecido pelo planeta de graça sem destruir o meio ambiente. Essa região tem um potencial muito grande para a gente utilizar todas as formas de energias sustentáveis", contou o argentino, que se mudou para o Espírito Santo na década de 1970.
Nosso planeta pode seguir um rumo sem volta
Julio Dueñas
Energia Solar
Segundo Dueñas, o que mais chama a atenção dos visitantes e moradores da região é o fogão solar desenvolvido por ele mesmo. O fogão é uma espécie de antena parabólica apontada para o sol com uma pequena frigideira no centro. "É pura física. A gente aponta a parábola para o sol e todo o calor é concentrado no centro. Como ali fica a frigideira, esquenta e esquenta muito. A temperatura chega a 120 graus. Dá até pra fritar um ovo", explica, com entusiasmo, o argentino.
Fogão solar desenvolvido por Dueñas
(Foto: Bruno Faustino / G1ES)
Além do fogão, outras 'engenhocas' utilizam o sol como fonte de energia para o seu funcionamento, como desidratadores de alimento, também movidos a energia solar. Uma forma simples e barata de aproveitar o excesso de frutas e legumes da região, segundo Nueñas. "O tomate leva dois dias para desidratar e se transformar em tomate seco. A berinjela depois de desidratada perde o amargo. É ótima para combater o colesterol alto. Também dá pra desidratar a banana, excelente fonte de energia", afirma.(Foto: Bruno Faustino / G1ES)
Já um sistema convencional transforma luz solar em eletricidade. O projeto, pioneiro na região, já se espalhou entre os moradores vizinhos ao sítio. "Esse sistema é muito simples. Por meio de placas, a energia solar é captada e armazenada em baterias. Com isso é possível ter luz sem pagar nada até durante a noite. Se tivesse que pagar por isso, gastaria entre R$ 120,00, R$ 150,00 por mês. E o meu único gasto é com a troca das baterias a cada 8 anos. Mais nada. Não tenho nenhum outro custo, nem com manutenção", revela o ambientalista.
Ambientalista com o desidratador de alimentos (Foto: Bruno Faustino / G1 ES)
Energia que vem da águaO sítio Guaçu-Virá fica próximo a uma represa. O excesso de água sempre foi um problema na propriedade. Mas o "professor-pardal" da natureza deu logo um jeito de resolver o problema. "Construímos uma roda d'água para gerar energia para uma pequena bomba que distribui água para todas as 15 casas do sítio, sem custo algum", conta.
O Monjolo - um grande pilão que utiliza a força da água para triturar alimentos era um equipamento utilizado pelos antigos imigrantes italianos que colonizaram a região e está em funcionamento até hoje. "A gente usa pra transformar os grãos de milho em fubá. E esse fubá utilizamos na ração dos peixes", diz o ambientalista. Por falar em peixe, Julio Duenãs também tem um Alimentador Automático de Peixes utilizando apenas um monjolo (pequeno) e uma plantadeira.
Ovo frito pela ação do sol no fogão (Foto: Bruno Faustino / G1 ES)
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