MEDIÇÃO DE TERRA

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quarta-feira, 25 de abril de 2012

Inadimplência para compra de carros bate recorde e bancos freiam crédito


Inadimplência para compra de carros sobe desde dezembro de 2010.
Em março deste ano, atingiu 5,7%, o maior valor da série histórica do BC.

Alexandro Martello Do G1, em Brasília
A queda da taxa de inadimplência das operações bancárias registrada em março deste ano ainda não atingiu as operações de financiamento para aquisição de veículos pelas pessoas físicas, segundo informações divulgadas nesta quarta-feira (25) pelo Banco Central.
No mês passado, a inadimplência para compra de veículos, que registra atrasos superiores a 90 dias, atingiu a marca de 5,7%, o maior valor de toda a série histórica, que começa em junho de 2000. Em fevereiro deste ano, a inadimplência destas operações estava em 5,5%.
A inadimplência de pessoas físicas na aquisição de veículos vem crescendo continuamente desde dezembro de 2010, quando estava em 2,5%. Ou seja, a taxa mais que dobrou em pouco mais de um ano.
"Boa parte da inadimplência de veículos reflete vendas maiores em 2010, com prazos mais longos naquele momento. Tivemos uma expansão mais expressiva do crédito nesta modalidade", declarou Tulio Maciel, chefe do Departamento Econômico do Banco Central.
Bancos puxam freio do crédito para compra de veículos
Como consequência da inadimplência alta, os bancos puxaram o freio na concessão de novos financiamentos neste ano. De fevereiro para março, segundo números do BC, o estoque de linhas de crédito para compras de veículos ("leasing" e crédito ao consumidor) registraram crescimento zero.
No acumulado do primeiro trimestre deste ano, por sua vez, o crescimento foi de apenas 0,2%. Em 2010 e 2011, respectivamente, o crescimento destas linhas de crédito foi de 19,9% e de 7,9%. Para destravar a concessão do crédito para compra de veículos, os bancos das montadoras já estão conversando com o Ministério da Fazenda.
"Não é que falta dinheiro [para empréstimos]. Mas queremos ver se as prestações podem ficar mais baixas. Outro ponto é ter a certeza de que vamos receber", declarou o presidente da Associação Nacional das Empresas Financeiras das Montadoras (Anef), Gilson Carvalho, no começo deste mês.
Embora esse tipo de empréstimo seja concedido com "alienação fiduciária", ou seja, com a possibilidade de pegar de volta o automóvel em caso de não pagamento das parcelas, o que proporcionaria juros mais baixos (por conta desta garantia), Gilson Carvalho informou que a recuperação do bem "não e tão fácil". "Estamos atuando em todos os pontos ligados ao crédito", disse ele na ocasião.

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