MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Brasil precisa reduzir dependência de fertilizantes do exterior, diz Dilma


Presidente Dilma Rousseff participou de cerimônia em Sergipe.
Petrobras arrendou à Vale exploração de potássio para produzir fertilizantes.

Flávio Antunes e Priscilla Mendes Do G1 SE e do G1, em Brasília
A presidente Dilma Rousseff durante cerimônia em Rosário do Catete (SE) (Foto: Roberto Stuckert Filho / Presidência)A presidente Dilma Rousseff durante cerimônia em
Rosário do Catete (SE) (Foto: Roberto Stuckert Filho
/ Presidência)
A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta segunda-feira (23) que o Brasil precisa reduzir a dependência que a indústria nacional tem em relação aos fertilizantes produzidos no exterior. Segundo ela, com isso o custo da produção brasileira de alimentos poderia ser barateado.
"Um país que tem potássio, que tem tecnologia para transformar carnalita em potássio, não pode depender da forma como dependemos em 90% para o uso do potássio de países do exterior. [Com o projeto] podemos cada vez mais ser mais produtivos e mais competitivos e barateando o custo da nossa produção. Barateando para quem? Para a mesa do povo", afirmou Dilma.
A presidente participou de cerimônia de contrato de arrendamento de reservas de potássio entre a Petrobras e a Vale. A petroleira arrendou à mineradora, por prazo de 30 anos, o direito de explorar potássio em uma região que também possui petróleo. Esse projeto – chamado Carnalita – é um dos principais tocados pela Vale destinado à produção de fertilizantes. Carnalita é um mineral a partir do qual é produzido o potássio, usado em fertilizantes.
"Hoje alimento tem a ver com energia e fertilizante. Nós somos importadores de fertilizantes, somos dependentes de fertilizantes, mas não devíamos ser porque somos um país com recursos naturais diversificados. [...] Esse momento é estratégico para o país porque fertilizante é algo crucial para a nossa segurança alimentar, para a capacidade de abastecer nossa agricultura", completou a presidente.
Segundo Dilma, o projeto Carnalita antecipa "a necessidade de o país ter cada vez mais fontes de fornecimento". "E é verdade que temos um das maiores reservas do mundo no Amazonas, mas também é verdade que essa reserva tem vários desafios tecnológicos, portanto a Carnalita é a demonstração de que estamos dando um passo aqui e agora."
70% dos fertilizantes são importados
O presidente da Vale, Murilo Ferreira, que discursou no evento antes de Dilma, afirmou que o Brasil importa 70% dos fertilizantes que consome e 90% do potássio.
"A oferta de potássio vem crescendo, mas não consegue acompanhar o ritmo de crescimento do consumo", disse Ferreira. Com o projeto Carnalita, a Vale prevê duplicar a quantidade de potássio produzida no país, passando a 1,2 milhões de toneladas ao ano. Ainda de acordo com Ferreira, o projeto vai criar 4 mil empregos diretos na fase de construção e outros 700 diretos durante a operação.
O governador de Sergipe, Marcelo Déda, ao lado da presidente Dilma Rousseff e do ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, durante cerimônia em Rosário do Catete (SE) (Foto: Roberto Stuckert Filho / Presidência)O governador de Sergipe, Marcelo Déda, ao lado da presidente Dilma Rousseff e do ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, durante cerimônia em Rosário do Catete (SE) (Foto: Roberto Stuckert Filho / Presidência)
O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, falou antes de Dilma e afirmou que Vale e Petrobras precisam ajudar o governo para o crescimento da produção de fertilizantes no país.
"Nós temos ainda um estoque de terras agricultáveis considerável, mas não podemos avançar nele repentinamente para produzir os grãos. Precisamos aumentar a produtividade, mas sem fertilizantes essa produtividade não se alcançará. Seria, portanto, uma estratégica quimérica, tentativa apenas. Precisamos que a Vale se junte a Petrobras, ao governo brasileiro como um todo [...], para que este objetivo seja alcançado e alcançado o mais depressa possível."
Segundo o governador de Sergipe, Marco Déda, o projeto vai “alavancar” a indústria de Sergipe. "Sergipe é hoje um pólo de fertilizantes. É a alavancagem que esse projeto vai trazer na indústria de Sergipe consolidando o estado como produtor de fertilizantes no momento em que agricultura brasileira assume liderança internacional."

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