MEDIÇÃO DE TERRA

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sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Roberto Jefferson é ‘pai da mentira’, diz defesa de Genoino no mensalão

 

Ministério Público acusa Genoino de obter recursos para pagar deputados.
Ex-presidente do PT alega que dinheiro entregue ao partido era empréstimo.

Débora Santos Do G1, em Brasília
A defesa do assessor especial do Ministério da Defesa e ex-deputado federal José Genoino (PT-SP) disse ao Supremo Tribunal Federal (STF) que as acusações de sua suposta participação no mensalão partem apenas do presidente do PTB, Roberto Jefferson, que estariam mentindo.
“A única personagem que tenta de alguma forma incriminar José Genoino é o pai da mentira, Roberto Jefferson Monteiro Francisco”, afirmaram os advogados Sônia Cochrane Ráo e Luiz Fernando Pacheco nas alegações finais entregues ao STF nesta quinta-feira (8).
Ex-presidente do PT, Genoino é um dos 38 réus no processo que apura os culpados pelo suposto esquema de compra de apoio político de parlamentares descoberto em 2005, durante o governo Luiz Inácio Lula da Silva. Genoino responde pelos crimes de corrupção ativa e formação de quadrilha.
Na denúncia, o Ministério Público Federal acusa o ex-dirigente de ser um dos responsáveis por angariar recursos para o pagamento a deputados e o “interlocutor político do grupo criminoso”, a quem cabia “formular as propostas de acordos aos líderes dos partidos que comporiam a base aliada do governo”.
'Empréstimos'
Nas 115 páginas das alegações finais, a defesa de Genoino nega as acusações e afirma que o dinheiro dos empréstimos feitos ao PT pelos bancos BMG e Rural, por meio do empresário Marcos Valério, serviu apenas para sanar a contas do partido. A denúncia diz que o dinheiro teria a finalidade de comprar apoio político.
“[Dois empréstimos] devidamente registrados na prestação de contas do Partido dos Trabalhadores, devidamente registrados perante o Tribunal Superior Eleitoral e que estão sendo devidamente quitados – [foram ] tomados pelo denunciado Delúbio Soares junto aos Bancos Rural e BMG, para fazer frente ao verdadeiro caos financeiro vivenciado pelos Diretórios Regionais do PT”, disse a defesa.
Os advogados se valem ainda de depoimentos dos réus Marcos Valério e Delúbio Soares, ex-tesoureiro do PT, para negar a responsabilidade de Genoino na tomada os empréstimos.
“O declarante frequentava a sede do PT, tanto em São Paulo como em Brasília, não tendo nunca conversado com o ex-presidente do PT, José Genoino, sobre empréstimos”, conforme depoimento de Valério reproduzido na defesa.
A defesa do atual assessor do Ministério da Defesa disse ainda esperar que a imagem de Genoino seja reabilitada pelo STF e repete a estratégia de outros réus ao atacar o delator do suposto esquema, o presidente do PTB, Roberto Jefferson.
“O Supremo Tribunal Federal é a casa da verdade que há de limpar o nome se José Genoino Neto, tisnado pela repugnante maledicência, pela deslavada mentira, proferida por um sujeito rancoroso e desesperado que despenca, já há mais de seis anos e ainda agora, no próprio e infinito abismo que urdiu”, declarou a defesa ao se referir a Jeffferson.

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