MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

sábado, 24 de setembro de 2011

Ginastas do DF se preparam para representar país em Mundial

 

Grupo de atuais campeãs nacional tem atletas do DF e do Entorno.
Além de treinarem, elas estudam, almoçam e se divertem juntas.

Naiara Leão Do G1 DF
No Distrito Federal, 21 meninas passam por um treino intenso de ginástica acrobática. Durante quatro horas por dia, seis dias por semana elas treinam para seu próximo desafio: serem escolhidas para integrar a seleção brasileira que competirá no Campeonato Mundial de Ginástica Acrobática, em Orlando, nos Estados Unidos.
Ginástica (Foto: Naiara Leão/ G1)Crianças e adolesecentes do DF treinam por vaga em Mundial de Ginástica Acrobática (Foto: Naiara Leão/ G1
Além de treinarem, elas estudam, almoçam e se divertem juntas. Essa é a rotina de quase 200 crianças e adolescentes de 6 a 21 anos que praticam ginástica acrobática em Brasília e em Sobradinho, no Distrito Federal.

Segundo a treinadora do grupo, Márcia Janete, a interação tem ajudado os ginastas a conquistarem diversos títulos, como o de atuais campeões nacionais. Além das competições, elas fazem diversas apresentações, como de líderes de torcida.
Ginastas (Foto: Punk/Ascom RA II)Ginastas acrobáticas se apresentam como líderes de torcida nas Olimpíadas do Gama, região do Distrito Federal (Foto: Punk/Ascom RA II)
Márcia explica que a ginástica acrobática é caracterizada pela formação de pirâmides humanas e de saltos mortais lançados com a ajuda de outro ginasta ou recebidos por ele. Os movimentos são sempre realizados em equipes de duas, três ou quatro pessoas e coreografados.

De acordo com ela, é muito comum que as pessoas a confundam o esporte com acrobacias de circo ou outras modalidades, como ginástica artística e rítmica. “A nossa envolve movimentos de solo da ginástica artística, mas os saltos não são individuais. Tudo combina com a música”, diz.

A professora afirma também que o esporte tem ajudado na vida social das meninas, pois como há atletas de várias regiões do DF e do Entorno, elas acabam convivendo com crianças de todas as classes sociais. As ginastas Andressa Nogueira , 14, e Bárbara Tenório,16, por exemplo, são de uma mesma equipe e ficaram muito próximas. A convivência fez com que elas conhecessem realidades diferentes das que vivem. Uma é moradora do Sudoeste, bairro nobre de Brasília, e a outra vive na Estrutural, uma das regiões mais carentes do Distrito Federal.

“A gente vai pra casa uma da outra, para o cinema e todo mundo estuda nas mesas escolas. Se não tivesse a ginástica, minha vida ia ser só de casa para a escola e da escola para a casa”, conta Andressa.

“Se a gente fica um dia sem se ver, já ligamos uma para a outra, nós falamos na internet”, diz Bárbara. “Antes eu tinha um pensamento diferente da ginástica, achava que era só para quem tem mais condição, mas vi que não tem nada a ver”, completa.

A ginasta Tainá Medeiros, 10, afirma que a amizade entre as colegas é muito forte. “Quando tenho uma dificuldade, são elas que estão do meu lado”. Tainá é uma das promessas do grupo. Assim que entrou na escolinha de ginástica, há três anos, surpreendeu os professores que a transferiram diretamente para a equipe de competição. Normalmente são necessários alguns meses de treino e uma passagem pela pré-equipe.
Ginastas (Foto: Naiara Leão/ G1)Meninas da equipe ganharam bolsas em colégio particular para ficar mais perto do local de treino (Foto: Naiara Leão/ G1)
Além da vida social, o desempenho escolar das meninas também é beneficiado pela prática, segundo a treinadora. "Melhora o raciocínio e a memória. Às vezes os pais colocam na ginástica porque precisam de uma melhora na aula", diz Márcia.

Andressa e outras onze ginastas que estudavam na rede pública foram convidadas por um colégio da Asa Sul para estudar com bolsa e ficar mais perto dos locais de treino.

A única dificuldade do grupo é financeira. Além das despesas com viagens, a treinadora procura ajudar no transporte meninas que vivem na região do Entorno do DF. No momento, elas buscam ajudar para a seletiva do Mundial, que acontece em São Paulo outubro, e com a viagem a Orlando, em dezembro. Quem quiser ajudar pode entrar em contato com o Centro Escolar de Alto Rendimento.

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